Que político esquece muito rápido das promessas feitas durante o período eleitoral, disso ninguém duvida. Mas o que chama atenção - principalmente entre os homens públicos do Grande ABC - é a rapidez com que jogam no lixo aquilo que foi usado como argumento para angariar votos. O pior é que tem alguns que até registram em cartório, como se fosse garantia de cumprimento das metas.

É óbvio que os primeiros seis meses não seriam suficientes para colocar em prática muitos dos projetos, mas o que se esperava é que os políticos fizessem algum aceno que caminhasse na direção da promessa feita. Para não ficar só na conversa genérica, vamos citar alguns exemplos: nos três meses de campanha, o petista Oswaldo Dias - vencedor em Mauá - dizia que seria o único a solucionar o problema, e rápido, do Hospital Municipal Radamés Nardini. Mas o que nós vimos foram seis meses de caos na Saúde.

Luiz Marinho (PT), vitorioso em São Bernardo, falou em implementar o Bilhete Único. Agora, finge que não é com ele e sequer toca no assunto. E fica a questão: se sabem que não vai dar para fazer, por que prometem? Talvez se tivessem alguma punição, deixassem de prometer mundos e fundos. Enquanto isso, ficamos no blá, blá, blá...

Bastidores

Na hora errada
Está cada vez mais frequente a presença de comissionados da Prefeitura de Diadema durante a sessão da Câmara, que ocorre toda quinta-feira, a partir das 14h. A última visita ilustre no Legislativo municipal foi do ex-vereador Armelindo Lopes Santana, chefe de divisão de serviços Funerários, ligado à Secretaria de Defesa Social. Sem a menor preocupação, ele ficou praticamente a tarde inteira acompanhando o trabalho dos vereadores, sem se preocupar em cumprir a jornada de trabalho. Há pouco tempo, o ex-presidente da Casa e atual assistente da Secretaria de Defesa Social, Marco Antônio Ernandez, o Marquinho (PT), também marcou presença na Câmara, em pleno horário de expediente, para jogar capoeira no plenário. Ministério Público, presta atenção!

Escuridão
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), precisa dar mais atenção aos equipamentos públicos municipais. Recentemente, uma partida de handebol no ginásio Vitorio Zanon, o Baetão, teve de ser cancelada por falta de iluminação. O pior é que técnicos da Eletropaulo detectaram que o problema era de má-conservação nas instalações elétricas do ginásio. E olha que a reclamação não vem de um político da oposição, e sim de um pai de um atleta. Uma vergonha.

Titular
Desde ontem, a Prefeitura de São Caetano está sob comando do vice Walter Figueira (PTB). O auxiliar de José Auricchio Júnior (PTB) fica no cargo até o dia 19, quando o chefe do Executivo retorna de um período de descanso. Para não falar que não ficou com nada para fazer, Auricchio designou Figueira para cuidar dos últimos preparativos das atividades em comemoração ao aniversário de São Caetano, no dia 28.