Representantes do setor produtivo pressionam o governo federal para que a política de desenvolvimento do setor industrial seja revista à luz do pós-crise. "A prioridade é incentivar o investimento na inovação tecnológica e modernização da indústria nacional", defende o diretor do Departamento de Produtividade e Tecnologia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), José Ricardo Roriz Coelho.
Além de fortalecer a competitividade do produto brasileiro, a medida estimula o setor de bens de capital, estratégico para a economia do País, cuja produção desabou com a crise, diz. Para o empresário Mario Bernardini, assessor econômico da diretoria da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), até agora o governo agiu sem plano estratégico.
"Incentivou mais o consumo, o que no curto prazo dá resultado, mas no longo prazo é ineficiente", observa. "Deveria ter sido feito, mas com um objetivo na frente.". Bernardini faz uma comparação com o governo chinês, que priorizou ampliar os investimentos em infraestrutura. "Eles vão sair da crise mais competitivos do que entraram", afirma.
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