Segundo moradores, horários de pico têm maiores períodos de espera; novas embarcações não têm data de entrega
A Balsa João Basso faz a travessia pela Represa Billings entre o Riacho Grande e o bairro Tatetos, em São Bernardo. Apesar de o trajeto ser feito em menos de cinco minutos, os moradores do local reclamam dos transtornos por causa da fila.
Um deles é o soldador Francisco Filho, 33 anos, morador do Tatetos. Ele precisa atravessar semanalmente com a embarcação para levar a mãe ao médico. “Quase todo dia faço esse caminho e, para mim, não é raro ficar duas ou três horas à espera nos fins de semana e horários de pico. Acho que a troca dessa embarcação por uma maior seria a solução, porque diminuiria a fila.”
O aposentado José da Silva Neto, 66, também convive com a espera quando precisa fazer algo no Tatetos. “A fila está cada vez maior. O número de carros aumentou, mas parece que ninguém percebe isso, pois a balsa continua igual.”
Para o construtor Luiz Marcelino, 59, que trabalha na região, uma ponte resolveria o problema. “Com ponte não tem fila, concorda? Aí ninguém precisaria ficar esperando, passaria direto, seria bom demais. Deveriam aproveitar que o nível da represa está baixo para começar a construção.”
A equipe do Diário esteve no local por volta das 11h na segunda-feira e levou cerca de 40 minutos para fazer a travessia. A Balsa João Basso tem capacidade para 22 carros e 240 pessoas.
A Secretaria de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo informou que a Prefeitura tem estudo de construção de uma ponte na área, mas que depende de aprovação dos órgão ambientais. Portanto, não há previsão de início das obras.
A Pasta também respondeu, em nota, que “estuda a viabilidade de se colocar duas balsas no local, intervenção que resolveria o problema, condicionada à aprovação da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), responsável pelo sistema.”
A equipe de reportagem também questionou a Emae, que informou aguardar os trâmites para liberação dos recursos a fim de realizar a ampliação do sistema de travessia. A empresa também destacou que a quantidade elevada de veículos em determinados horários, principalmente os de pico, leva a filas.
Já é a terceira vez que a entrega das embarcações atrasa. A promessa foi feita para março, adiada para abril e agora permanece sem prazo.
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