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Projeto Tigrinho cativa garotada em São Bernardo

Ação atende 7.200 crianças na cidade e em outros municípios do Estado e de Minas Gerais

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
19/07/2014 | 07:00
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Projeto Tigrinho/Divulgação


Hoje comemora-se o Dia Nacional do Futebol, instituído pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) – predecessora da CBF – em homenagem ao Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul, fundado em 19 de julho de 1900, e, portanto, o clube da modalidade mais antigo do Brasil.

O esporte, que se tornou o mais querido do País, deixou de ser apenas entretenimento e passou a ser importante ferramenta de transformação social. No Grande ABC, um dos trabalhos que se destacam na área é o Projeto Tigrinho, mantido em parceria pelo São Bernardo e pela Prefeitura da cidade. A ideia surgiu em 1968, mas só tomou corpo em 2009, quando o clube apostou de vez na iniciativa.

Atualmente, o Projeto Tigrinho atende 7.200 crianças de 7 a 16 anos, em sua maioria são-bernardenses, que frequentam as 35 escolas no município, mas também já está presente em Diadema, no Litoral de São Paulo (Bertioga, Itanhaém e São Sebastião), no Interior (Suzano) e também em Minas Gerais (Açucena).

“A única exigência é que a criança tem que estar na escola”, explica um dos coordenadores do projeto, Élvio Galdino de França. “O principal objetivo é promover a cidadania e dar oportunidade às crianças carentes da periferia. Fazemos acompanhamento escolar e verificamos se a criança tem algum problema em relação a notas”, explicou Galdino.

Caso o aluno não vá bem na escola, ele fica momentaneamente fora da equipe da escolinha no Torneio José Rossi, campeonato interno das unidades do projeto que é disputado aos sábados.

Maranhense natural de Parnarama e de fala mansa, Pedro Barbosa da Silva Filho, conhecido como Pedrinho, 45 anos, é monitor da garotada na unidade Parque Selecta, próxima ao bairro Montanhão, em São Bernardo. No projeto desde 2009, ele admite que, muitas vezes, assume o papel de pai que nem todas as crianças têm em casa.

“Quando acontece alguma coisa (na escola), o pessoal da secretaria me avisa. Converso com as crianças e elas entram nos eixos”, brincou.

“Mas, para mim, é um orgulho tirar o pessoal da rua. Assim, eles não vão pelo mau caminho”, disse o monitor, que logo apita e manda entrar a equipe seguinte. Segue o jogo!

Trabalho já rende frutos ao Tigre

Apesar de ser ação social, o Projeto Tigrinho já rendeu frutos para o São Bernardo. Atualmente, no sub-15 da equipe, 26 dos 30 atletas saíram dos campos da cidade. Alguns jovens do profissional, como o goleiro Dida e o volante Alex, também percorreram esse caminho e são fontes de inspiração para os meninos que estão envolvidos no projeto.

Aluno do campo no Parque Selecta, Rafael Lopes Rocha, 12 anos, torcedor do Corinthians, gostaria de jogar no São Bernardo no futuro.

“Meus pais me incentivam para dar o meu melhor para me tornar jogador profissional, que é o meu sonho. Quero jogar no São Bernardo, não tem outro time”, disse o jovem.

Vinícius dos Santos, 10 anos, está há um mês no projeto e também pretende se tornar jogador profissional. “Quero ser igual ao Cristiano Ronaldo”, revelou, sonhador.

O são-paulino Luís Felipe da Silva, 14 anos, está desde o início no projeto e ressalta a sua importância no dia a dia. “Meus pais sempre pedem para eu vir. Aqui todo mundo é amigo”, afirmou.




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