A aposentada Antonia Velaneda Grande, 63 anos, viu ontem a água da chuva inundar sua casa, no Jardim Zaíra, em Mauá, por volta das 18h. Com água até o pescoço, colocou os dois netos, de 4 e 12 anos, em local seguro, ajudou o pai a sair da residência, mas não conseguiu salvar a si mesma e acabou morrendo afogada.

A casa da família, na Rua Francisco D'Aoglio, em frente à UBS (Unidade Básica de Saúde) Zaíra II, foi invadida com tanta rapidez e violência que as paredes de alvenaria foram derrubadas pela força da água, que reduziu parte do imóvel a entulho.

Ainda em Mauá, ao menos três casas ficaram danificadas no morro do Macuco, onde quatro pessoas foram soterradas nas últimas semanas. Os moradores ficaram desesperados com a violência da tempestade. Durante toda a noite, a região ficou sem energia elétrica.

Em São Bernardo, onde cerca de 15 pontos de alagamentos foram registrados, as águas invadiram o andar térreo do Paço Municipal.

Pontos de alagamento foram registrados na maioria das cidades. Em São Caetano, a Avenida Guido Aliberti, perto do limite com São Bernardo, ficou intransitável. A Avenida Prosperidade, a Estrada das Lágrimas e a Praça Mauá também ficaram debaixo d'água.

A Defesa Civil de Diadema registrou um ponto de alagamento no bairro Piraporinha e duas quedas de árvores: no Eldorado e no Centro, que registrou também queda de energia. Já em Ribeirão Pires, a chuva provocou quatro pontos de alagamento.