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Palmares mostra a criação do Universo
Natália Scarabotto
Especial para o Diário
24/01/2016 | 07:00
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Celso Luiz


Fantasias sombrias, criaturas malignas e obscuras da comissão de frente e do carro abre-alas vão ‘sugar’ os foliões para dentro da primeira parte do enredo Luz, Reluz, Reluzente a Harmonia dos Seres. Gênesis, da escola Palmares, de Santo André. Inspirada em passagem bíblica, a agremiação narra os sete dias da criação do mundo pelas mãos de Deus.


O tema é reciclagem de 2003, ano em que a escola ficou em quinto lugar. Segundo o presidente da agremiação, Adilson Alves, a escolha é homenagem ao ex-presidente e criador do projeto, Luiz Gonzaga Alves, o Marinheiro, que morreu no ano passado.


Alves garante que nada foi reaproveitado. As ideias e fantasias são inéditas e melhores, diz ele. Por isso, está confiante na vitória. “Queremos quebrar a sequência de três títulos da atual campeã (Lírios de Ouro).”


O principal objetivo é mostrar, por meio dos 600 componentes, alegorias e samba-enredo, história linear com começo, meio e fim, de fácil entendimento do público e jurados. Para isso, três alegorias marcam os momentos mais importantes da criação da Terra.


A primeira mostra as trevas do mundo sem vida. Cores preto e cinza misturadas com esculturas diabólicas vão dar clima tenebroso à avenida. A vereadora Bete Siraque (PT), que desfila desde 2012 pela Palmares, está empolgada. “(Entrar na avenida) é a coisa mais deliciosa do mundo. A gente torce e vibra para que a escola tenha o melhor desfile”, disse ela, que fez mistério sobre sua fantasia.


Grandes leões dourados e anjos compõem o Reino dos Céus, o segundo carro, que representa vida, criação da natureza e dos animais. A última alegoria é o Jardim do Éden, que mostra o surgimento do homem, composta por muitos foliões, que dão vida ao sol, borboletas e flores. “Esse vai ser uma loucura”, contou Alves.


O trabalho ao longo do ano foi duro. A infraestrutura custou R$ 80 mil. “A diretoria teve que se virar para arranjar dinheiro porque a mão de obra e os materiais são caros”, explicou o presidente.
 




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