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Noivas nada tradicionais animam serviços
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
30/01/2011 | 07:30
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Divulgação


Definitivamente as festas de casamento não são mais as mesmas. As noivas não querem mais vestidos longos, não jogam buquê, não dançam valsa e estão mais preocupadas com a animação do evento do que com os comes e bebes. Para isso vale de tudo, desde contratar malabares, show de máscara, ventríloquos, até sapos de pelúcia para jogar para as solteiras. Colocar todos esses serviços numa festa para 150 convidados, por exemplo, vai elevar os custos em pelo menos R$ 8.000, fora os gastos tradicionais com bufê, igreja, decoração, som, entre outros.

Se a palavra de ordem é inovação, o mercado de serviços regional mostra que está antenado e preparado para atender essa nova demanda, que, segundo a Associação Rua das Noivas do Grande ABC, cresceu até 60% no ano passado na região. "A inovação, a animação da festa são o principal foco hoje e estamos totalmente preparados para atender isso", conta o presidente do conselho da entidade, Márcio Casablanca.

Dono de uma rede de lojas de vestido, ele mesmo teve de trazer novidades para as noivas vorazes pelo que é novo. "O que acontece é que essas noivas de hoje são aquelas que fizeram festas de debutantes com vários vestidos. Com isso, querem algo mais moderno, diferente e agora, além da cauda removível para ser retirada depois da cerimônia, trouxemos vestidos onde a saia também é removível, deixando-o mais curto para que ela aproveite melhor a hora da festa", explica ele. Os dez modelos colocados na loja foram vendidos em apenas uma semana.

Quem entrou literalmente na dança por novidades foi Ricardo Garcia, profissional do ramo artístico há mais de 15 anos e que hoje se dedica apenas a coreografar a primeira dança dos pombinhos na festa de casamento. Trabalhando com eventos assim há três anos, ele diz que a procura pelo serviço dobrou em 2010 e a valsa, definitivamente, virou coisa do passado.

"A criatividade vai longe. Eles dançam desde country até black music. Tomo o cuidado de ensinar passos de fácil execução, que possam ser aprendidos com facilidade", diz ele. O serviço com oito aulas custa cerca de R$ 840.

Entre os casamentos mais inusitados que Garcia já ritmou ele destaca dois: um onde o casal repetiu os passos da coreografia do filme Dirty Dancing - ícone dos anos 1990 - e outro onde o evento foi focado nos anos 1920. "Todos os convidados estavam vestidos com roupas de época e os noivos dançaram Charleston (mistura de jazz com blues)."

Para os mais tímidos a animação fica por conta de equipes contratadas para entreter os convidados. Os serviços vão desde malabares e pirofagia (efeitos com tochas de fogo) até ventríloquos. Yakko Sideratos é um dos profissionais que ressuscitaram a técnica da ventriloquia para agitar festas de casamento. Ele conta que a atividade começou de brincadeira, durante uma festa onde tocava música grega, e hoje, o serviço, que custa de R$ 300 até R$ 500, é o mais procurado. "Posso tanto levar um boneco e subir no palco para fazer o show quanto colocar uma máscara em um convidado e brincar como se ele fosse o fantoche. Depende do que prefere o casal."




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