Setecidades Titulo Crise no Ensino Superior
Professores da Metodista adiam possibilidade de greve

Nova assembleia está marcada para o dia 23; protestos estão agendados para ocorrer hoje

Flávia Fernandes
Especial para o Diário
08/04/2019 | 07:00
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 Embora continuem com o pagamento de salários e benefícios atrasado, professores da Universidade Metodista, em São Bernardo, optaram, em assembleia realizada ontem, adiar para o dia 23 a decisão sobre a greve. Os docentes, que seguem em estado de greve, alegam que os detalhes sobre as paralisações ainda estão sendo definidos junto ao Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC). Está marcado para hoje novo ato – envolvendo alunos e docentes – para cobrar da instituição de ensino superior posicionamento sobre o tema.

Hoje, os professores dos campus Rudge Ramos não entrarão em sala com a metodologia programada para o dia. “Todos os professores usarão roupa preta e a aula será utilizada para contextualizar os estudantes sobre a crise da instituição”, explica a professora do curso de pedagogia da Metodista e dirigente sindical do Sinpro-ABC, Cristiane Gandolffi. Mobilizações no campus Planalto e Vergueiro estão marcados para acontecer nesta quarta-feira e quinta-feira.

Já os universitários programaram protestos para as 7h30 e 19h30. “Onde está a rede? Por que os salários continuam atrasados? E os prazos nunca cumpridos? Para onde vão nossas mensalidades?”, questiona comunicado de chamada para o ato, enviado aos alunos e professores pelo movimento estudantil da Metodista.

No dia 23 de abril, será realizada nova assembleia organizada pela sindicato para decidir sobre a possibilidade de greve caso os salários dos meses fevereiro e março não sejam pagos aos professores e funcionários. O presidente do Sinpro-ABC, Jorge Maggio, explica que ainda não houve acordo entre a instituição e o sindicato. “Estamos em processo de mobilização, avaliando uma forma de paralisação, caso os salários não sejam pagos até o dia 23”, explica.

 

ENTENDA

Uma das instituições de ensino superior mais tradicionais da região, com três campi em São Bernardo, a Metodista passa por período de incerteza desde 2017, quando pelo menos 40 professores foram demitidos. Na época, os cursos de pós-graduação foram os mais afetados pelas dispensas. No entanto, os profissionais já sofrem com atrasos de salário e irregularidade no depósito do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde 2015.

Questionada, a Metodista não se pronunciou sobre o tema até o fechamento desta edição.

 




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