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Zanetti abre mão das férias em busca da terceira medalha olímpica em 2021

Ginasta são-caetanense espera recuperar tempo perdido durante a pandemia para subir no pódio dos Jogos de Tóquio

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
28/12/2020 | 00:01
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Divulgação


A temporada 2020 começou para o ginasta Arthur Zanetti com um objetivo em mente: conquistar sua terceira medalha olímpica nos Jogos de Tóquio. Entretanto, a pandemia do novo coronavírus fez o atleta de São Caetano mudar os planos, já que a Olimpíada foi adiada para 2021. Assim, o campeão das argolas em Londres-2012 e vice no mesmo aparelho na Rio-2016 admite foco total nos treinos para estar bem preparado para chegar ao Japão, em julho, nas melhores condições possíveis.

Os treinos foram severamente atrapalhados neste ano em razão da quarentena, que fechou ginásios e academias, impedindo que os competidores mantivessem as atividades normalmente. Zanetti, por exemplo, foi um dos que adaptou a própria casa para trabalhar. Com a reabertura gradual dos locais de treinos, regressou aos exercícios, inclusive fazendo parte da delegação brasileira que participou da Missão Europa e viajou a Portugal para período de treinamentos entre julho e agosto.

“Na temporada, tivemos um período bem complicado, de ficar em casa fazendo apenas treino virtual, mas voltamos para o ginásio há três meses e vai ser um fim de ano diferente dos demais. A gente não vai ter férias, só parar entre Natal e Ano-Novo para ficar com a família e já voltar com foco total em 2021, que será um grande ano, um ano olímpico. O meu foco é ganhar minha terceira medalha olímpica e vou trabalhar muito duro para isso”, disse Zanetti, que regressou ao Brasil para acompanhar o nascimento do filho, Liam. Depois, o ginasta retornou aos treinos no Serc São Caetano, onde permaneceu em atividade até 24 de dezembro e regressa no dia 4 – entre esses dias, aproveitará para curtir as festas de fim de ano junto da família.

De acordo com o técnico Marcos Goto, o fato de alguns países terem proporcionado a continuidade ininterrupta dos treinos aos atletas – diferentemente do Brasil –, deixam os competidores em condições diferentes. Entretanto, a decisão de passar os Jogos Olímpicos para julho de 2021 foi mais justo.

>“Na parte técnica a ginástica sofreu porque foram seis meses sem treinar, mas para a preparação do Arthur o adiamento da Olimpíada nos deu mais tempo para trabalhar”, afirmou o treinador, que explicou o motivo pelo qual o atleta não terá período maior de descanso entre o fim deste ano e o início do próximo. “Todo mundo ficou parado, então o combinado é que não tem férias. Paramos nos dias das festas, mas não teremos folga prolongada nem férias. ‘Brecar’ a cabeça só depois de Olimpíada”, emendou.

A intenção do treinador é fazer com que Arthur Zanetti dispute pelo menos um torneio no primeiro trimestre, em preparação para os Jogos Olímpicos – e para ver tanto a condição de seu próprio atleta quanto dos principais concorrentes. A Federação Internacional de Ginástica já divulgou o calendário de provas de 2021, apesar das incertezas sobre vacinação. “Sem muita cobrança, mais para retomar o ritmo e ver como está o nível. Em março tem uma competição, em Doha, no Catar, para definir os especialistas nos Jogos Olímpicos. Vamos acompanhar porque a gente nem sabe ainda quem serão os nossos adversários.” 




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