União espera regularização de Diadema para
liberar verba; verde culpa governo federal
A gestão do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), travou o recebimento de R$ 188,1 milhões em repasses do governo federal que seriam destinados para a realização de três projetos no município. O prefeito diademense nega falha da administração, direcionando culpa à União pelo impasse.
No site da Caixa Econômica Federal – responsável pelo envio da verba –, há suspensão em três convênios assinados após início da gestão do verde, em 2013. A ocorrência aponta falta de documentos e regularização jurídica para liberação de licenças.
O primeiro projeto refere-se ao plano de contenção de encostas e intervenções em setores de risco, rubricado pelo verde em outubro de 2013, no valor de R$ 24,7 milhões. O outro convênio firmado no mesmo ano é de reurbanização da Vila Popular e Jardim Marilene, de R$ 38,4 milhões. Em setembro, reportagem do Diário revelou drama dos moradores das localidades que aguardam pelas intervenções. A situação dos bairros é caótica.
O outro contrato travado na Caixa é de 30 de junho de 2014 e tem como objetivo investimento e infraestrutura para Mobilidade da região do Grande ABC na parte do eixo Alvarenga e Ribeirão Couros, cujo valor chega a R$ 125 milhões.
O prefeito diademense tem pontuado seguidamente que a administração é uma das mais afetadas com a crise econômica, chegando admitir que fechará a contabilidade do ano com rombo de R$ 70 milhões nos cofres públicos.
Lauro, entretanto, direciona culpa pelos entraves com a Caixa exclusivamente ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Todos esses contratos tiveram prorrogação de prazo porque nos foi informado pela União que falta recurso”, argumentou.
O chefe do Executivo revelou ter feito reunião com integrantes da Caixa e do Ministério das Cidades, realizada no dia 29, em que, segundo ele, foi revelada modificação no sistema de liberação de recursos.
“Temos os controle de todos e não há falta de documentos. O município está aguardando emissão do novo empenho para 2016, com objetivo de seguir o contrato. Então, isso mostra que não é a Prefeitura que está travando”, complementou.
Lauro, entretanto, não assegurou quando as obras terão ordem de serviço liberada e qual será o trâmite. Por nota, sua assessoria de imprensa afirmou que “o Orçamento da União só terá recursos disponíveis no segundo semestre de 2017”.
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