A companhia norte-americana Momix chega nesta terça-feira a São Paulo para sua primeira apresentação da temporada Lunar Sea, no Credicard Hall, às 21h30. Os espetáculos, marcados por beleza e magia, acontecem até sexta-feira (dia 15) e ainda é possível adquirir ingressos para todos os dias. Porém restam apenas 500 ingressos, todos concentrados na platéia superior (R$ 60) e não há mais meia entrada.

No palco, corpos que brilham, imagens que se formam e desaparecem. Com muita técnica, o grupo traz 11 artistas, entre bailarinos, acrobatas, ginastas e ilusionistas. Nos Estados Unidos, o Momix encantou com sua nova coreografia e chegou ao Brasil em 28 de junho, no Rio, onde teve todos os bilhetes vendidos antes da data de estréia. Após apresentação única em Salvador, a companhia desembarca em São Paulo, de onde parte sábado para Belo Horizonte fechando a turnê brasileira.

O espetáculo Lunar Sea comemora os 25 anos da companhia criada por Moses Pendleton com um tema que permite aos bailarinos a possibilidade de "flutuarem" no palco como se não houvesse gravidade. O nome do espetáculo remete à teoria do Mar Lunar (Lunar Sea) de Galileu Galilei (1564-1642), cientista que defendeu a hipótese de que as crateras lunares vistas da Terra poderiam ser mares. "O nome do espetáculo é também um jogo de palavras. Em inglês, lunar sea pode ser confundido com lunacy, que significa loucura", explica o diretor e coreógrafo Moses Pendleton.

Num palco completamente escuro, como o espaço ou os mares, corpos se transformam, criam imagens e encantam o espectador. "O espetáculo foi criado com técnicas especiais para dar vida à criaturas não necessariamente humanas. Muitos dos bailarinos ficam invisíveis durante o espetáculo que é o mais ilusório de todos os já protagonizados pelo Momix. A platéia pode até achar que é um jogo de computador, mas eu garanto que é tudo real", afirma Pendleton.

A ilusão é criada por efeitos de luz e truques nas peças dos figurinos. Cordas são usadas para mover os dançarinos pelo ar. Há também o trabalho de outros bailarinos invisíveis, vestidos de preto, que sustentam os protagonistas de determinadas cenas. Uma tela separa o palco da platéia e nela - para completar a fantasia - são projetadas imagens surreais.