Após denúncia anônima, polícia chegou em
plantação de 6.500 pés localizada no Morro da Kibon
A PM (Polícia Militar) confirmou ontem a descoberta da maior plantação de maconha em área urbana do Estado de São Paulo registrada nos últimos anos. Ao todo, 6.500 pés de Cannabis sativa, planta utilizada para produzir o entorpecente, foram localizadas no morro da Kibon, em Santo André. A polícia chegou ao local após denúncia anônima. O plantio ocupava área de aproximadamente 1.000 m². Segundo cálculo da corporação, a cada metro quadrado foram localizadas de cinco a oito plantas na área.
“A princípio, a perícia constatou 1.000 pés (conforme noticiado ontem pelo Diário), no entanto, a realização de nova vistoria na área, com apoio de helicóptero da Polícia Civil, constatou que se tratava de uma plantação muito mais ampla, com cerca de 6.500 pés, a maior do Estado em área urbana, segundo levantamento da corporação”, explica o capitão Luiz Roberto Moraes, que relembra a apreensão de 25 mil pés da erva em Franca, no Interior de São Paulo. No entanto, a descoberta foi em área rural.
Localizado em terreno de difícil acesso, o cultivo apresentava plantas em estágio de pré-colheita. A estimativa da PM é a de que a plantação esteja no local há cerca de dois meses e que, posteriormente, a sua retirada seria comercializada no próprio município.
A remoção dos pés, iniciada ontem, demandou apoio de 56 profissionais, sendo 20 policiais militares, três da polícia ambiental e 33 profissionais cedidos pela Prefeitura de Santo André. “No primeiro momento já removemos de 30% a 40% das plantas. A ideia é finalizar o trabalho entre amanhã (hoje) e sábado (amanhã)”, disse o capitão Moraes.
As plantas, que estão sendo encaminhadas para o 6º DP (Vila Mazzei) de Santo André, onde o caso foi registrado, devem seguir nos próximos dias para Instituto de Criminalística, local onde as mudas serão catalogadas. Posteriormente, todas passarão por processo de destruição, segundo a PM.
Até o fechamento desta edição, um indivíduo, que seria o responsável pelo cultivo e armazenamento das plantas em área fechada, foi preso em flagrante. No entanto, as investigações do caso continuam.
Segundo a PM, a partir de agora os trabalhos serão concentrados na investigação do local onde o plantio seria processado. “Acreditamos que o espaço deve ser próximo, podendo ser aqui mesmo no morro da Kibon”, afirma o capitão Moraes.
Abordados pela equipe de reportagem do Diário, moradores da comunidade evitaram falar sobre o assunto.
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