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Greve do Metrô de São Paulo é cancelada nesta terça-feira

Mesmo com o cancelamento, abertura do metrô teve atraso e gerou aglomeração em estações

Do dgabc.com.br
28/07/2020 | 08:19
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Bruno Soares/Creative Commons/Agência Brasil


Atualizada às 08h56.

Após contato com secretário dos transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, decidiu por suspender a greve no Metrô que ocorreria nesta terça-feira e deveria durar pelo menos por 24 horas. A greve foi encerrada por volta das 1h30, após os metroviários entrarem em acordo com o Estado e Baldy sinalizar que aceitou a proposta sugerida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), enviada ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Uma assembléia de emergência acabou sendo iniciada ainda pela madrugada e quase 80% da categoria optou pela suspensão da paralisação. 

O secretário comunicou ao sindicato que o governo renovará o acordo coletivo vencido em 30 de abril e acatou a proposta de manutenção do adicional noturno de 50% (com pagamento de 25% pelo período de seis meses e a diferença sendo paga integralmente nos seis meses subsequentes) e do adicional de horas extras de 100% (com pagamento de 50% por seis meses e a diferença também paga integralmente nos seis meses seguintes).

Os trabalhadores vinham planejando uma paralisação desde o dia 1º de julho como forma de protestar contra diminuição e corte dos direitos dos metroviários nos salários do mês de junho. Na tarde de ontem, a Justiça determinou que o Metrô deveria manter o funcionamento de 95% dos serviços no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30) e 65% nos demais horários nesta terça-feira. "Os porcentuais estabelecidos dizem respeito à prestação do serviço e não à mão de obra devidamente colocada para tanto", disse o órgão. A Justiça estabeleceu multa diária de R$ 150 mil e R$ 500 mil, respectivamente, em caso de desrespeito à liminar.

"O secretário (Alexandre) Baldy mandou uma carta aceitando a proposta que já havíamos aceitado também, do Ministério Público. Decidimos então fazer a assembléia, onde a greve acaba. Foi a greve mais poderosa e efetiva que fizemos em nossa história", comenta o diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Sérgio Renato da Silva Magalhães. 

FUNCIONAMENTO

Apesar do cancelamento da greve, houve tumulto na abertura dos portões. Sem saber do cancelamento da greve, muitos funcionários não apareceram para trabalhar e a abertura dos portões acabou atrasando. A demora para o início da operação, com a maioria das estações abrindo os portões a partir das 6h, gerou aglomerações nas mais movimentadas, por exemplo, na estação Corinthians-Itaquera que abriu às 6h35. 

A última atualização do Metrô em suas redes sociais, às 08h27, informou que "todas as linhas e estações do Metrô estão em operação no momento". 

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que atende o Grande ABC com a linha 10-Turquesa, não foi afetada.




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