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Consórcio do Rodoanel contesta anúncio de greve
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
22/07/2008 | 07:06
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Uma assembléia que reuniu ontem apenas parte dos trabalhadores do canteiro de obras do lote 3 do Trecho Sul do Rodoanel decidiu declarar estado de greve. A notícia surpreendeu o Consórcio ArcoSul, que contesta as alegações dos empregados e não considera o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) de São Bernardo e Diadema o representante legal. Os funcionários reivindicam reajuste salarial de 15%.

O consórcio emitiu comunicado no qual informa que " atua de acordo com a legislação em vigor no País". "Atualmente, todos os empregados envolvidos nas obras sob responsabilidade do Consórcio são representados pelo Sintrapav-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo)."

Desde abril deste ano, o Sintracom reivindica a representação da categoria, porém, segundo a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério, a representatividade foi assegurada ao Sintrapav-SP - atribuição que foi contestada junto ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Para o gerente operacional do lote 2, Nicolas Vasquez Tanwing, trata-se de uma disputa sindical, e não trabalhista. "Não há greve por parte dos trabalhadores. É uma briga política entre os sindicatos para representar a categoria. Os operários estão trabalhando normalmente e não aderiram ao estado de greve. Até porque o Sintrapav, que é a entidade oficial desses trabalhadores, já negociou reajuste salarial em 9,5%, índice maior do que haviam solicitado."

A reportagem do Diário procurou o Sintrapav-SP e o Consórcio Queiroz Galvão e C.R. Almeida para comentarem o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

O presidente do Sintracom, Cladeonor Neves da Silva, rebateu as declarações do gerente. Segundo ele, o consórcio das empresas Queiroz Galvão e C.R. Almeida e o Consócio ArcoSul, das empresas Odebrecht e Constran (responsáveis do lote 2 do Trecho Sul), não estão cumprindo a legislação trabalhista e não abrem negociação com a entidade. Na próxima segunda-feira, o Sintracom deve realizar nova assembléia nos lotes para definir se haverá ou não greve no Rodoanel.




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