A tela é de 1623 - um ano antes da partida de Poussin para Roma, onde passou parte essencial de sua carreira, e foi encontrada na igreja da paróquia de Sterrebeek pelo pesquisador Pierre-Yves Kairis. Ele identificou o quadro a partir de uma das 820 mil fotografias encontradas nos arquivos do Irpa.
``Trata-se de um achado primordial para a pintura francesa', segundo o Irpa, porque até hoje nenhum quadro anterior à fase romana de Poussin tinha sido identificado com certeza.
A obra está em péssimo estado e provavelmente foi repintada, por isso será submetida a exames exaustivos com tecnologias modernas de pesquisa. Destes trabalhos participarao restauradores e especialistas reconhecidos como Pierre Rosenberg, presidente e diretor do Museu de Louvre, conhecedor da obra de Poussin.
``A morte da Virgem' nao apresenta semelhanças com telas no momento atribuídas ao período parisiense de Poussin e por isso mesmo constitui um documento fascinante sobre o período de formaçao do artista. O quadro confirma a ruptura de Poussin com o academicismo em voga na capital francesa em 1620, na opiniao do Irpa.
``A morte da Virgem' foi pintado a partir do pedido do arcebispo Jean François de Gondi, para uma capela da catedral Nossa Senhora de Paris.
Depois de um período no Louvre, o quadro foi enviado em 1802 para um dos 15 museus criados por Napoleao Bonaparte em Bruxelas, o museu do Departamento de Dyle, que estava sob administraçao francesa. Lá se encontra o último registro de passagem do quadro, que depois desapareceu.
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