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Veja publica novas denúncias contra Henrique Meirelles
Do Diário OnLine
01/08/2004 | 14:51
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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, é mais uma vez, em menos de uma semana, tema de reportagem de uma revista de ampla circulação nacional. Na edição deste domingo, a revista Veja publica texto falando sobre o modo que Meirelles administra a sua fortuna, avaliada em cerca de R$ 100 milhões. Na semana passada, a Isto É afirmou que o presidente do BC teria contas a acertar com o Fisco.

A Veja afirma, em sua reportagem, ter tido acesso a documentos que podem "suscitar questionamentos" de como a fortuna de Meirelles é administrada. A revista cita uma procuração dadas por Meirelles a um primo, o engenheiro Marco Túlio Pereira de Campos, que foi detido em maio deste ano no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando embarcava para Brasília com R$ 32 mil em dinheiro vivo.

Na ocasião, Campos identificou-se como primo de Meirelles e disse que o dinheiro era fruto de uma transação imobiliária realizada em São Paulo, envolvendo bens do primo. Segundo a Veja, naquela ocasião o engenheiro carregava em uma pasta procurações que lhe davam poderes para representá-lo junto a instituições municipais e estaduais de Goiás e a dois órgãos da União: Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional.

Com Campos, ressalta ainda a Veja, havia também dois contratos societários e uma escritura de compra de uma chácara na cidade de Anápolis, em Goiás, feita por Henrique Meirelles da empresa Silvania Empreendimentos e Participações Ltda. A Silvania pertence a outras duas firmas, nomeadas Silvania One e Silvania Two, com sede nos Estados Unidos. As duas empresas americanas, por sua vez, pertenceriam ao próprio Henrique Meirelles.

A revista explica que a ação de Meirelles não é ilícita, mas operações desse tipo servem, geralmente, para tornar visível aos olhos do Fisco um bem que, até então, estava oculto. Meirelles explicou à Veja que a compra da chácara foi feita em 2002 e lançada, no mesmo ano, em seu imposto de renda. Mas a escritura de compra e venda só foi lavrada em março deste ano, quando já ocupava o cargo no Banco Central.




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