Sem vencer há três jogos e às portas da zona de rebaixamento - é o 16º com 16 pontos -, o São Caetano blindou a equipe do contato com a imprensa para o confronto de hoje, às 21h, com o Guarani, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, pela 15ª rodada da Série B do Brasileiro.
Para evitar declarações polêmicas, como a do atacante Nunes, que após o empate em casa com o Barueri (1 a 1) afirmou que estaria faltando ambição à equipe, a diretoria do clube decidiu que o time viajaria ontem à tarde para treinar no CT da Ponte Preta. Em outras ocasiões, como no Paulistão, por exemplo, o time treinou no Anacleto Campanella na véspera.
Como o empate na rodada anterior com o Paraná também representou duro golpe, já que o time atuou como mandante, uma nova exposição foi vista como desnecessária.
O fato de o gramado do Campanella ter sido prejudicado com os shows de aniversário da cidade também contribuíram para a decisão de se levar o Azulão a fazer sua última preparação na casa do rival do Bugre.
O técnico Vadão, que já havia considerado desnecessário o desabafo de Nunes, foi o único a falar, por telefone, já que a coletiva de apresentação do meia-atacante Magnum foi marcada para o período da manhã, justamente para se evitar o contato da imprensa com o elenco no momento do embarque para Campinas.
Vadão descartou mudanças no setor defensivo, o terceiro pior da competição, com 22 gols sofridos em 14 jogos. "Não vou mexer. Só precisamos corrigir o posicionamento e compactar mais o time".
Apesar da reação do Guarani, que está na zona de degola (17º com 16 pontos) e vem de duas vitórias seguidas, Vadão demonstra confiança. "Não podemos nos acovardar e vamos jogar o nosso futebol. Nossa equipe está evoluindo e temos condições de conseguir um bom resultado. No empate contra o ABC (2 a 2 em Natal), fizemos uma boa partida e podíamos ter vencido."
O goleiro Luiz e o volante Souza voltam de suspensão. Expulso contra os paranaenses, Augusto Recife dá lugar a Nei Mineiro ou Ricardo Conceição. O atacante Geovane, que cumpriu quatro jogos de suspensão por desentendimento com um jogador da Portuguesa, no mês passado, também retorna à equipe.
Magnum diz que depressão o fez retornar ao futebol brasileiro
Apresentado ontem, o meia-atacante Magnum revelou que rescindiu com o sul-coreano Ulsan Hyundai, em junho, e retornou ao Brasil por estar com depressão. "O futebol lá (na Coréia) é muito desorganizado. Para se ter uma idéia, nosso técnico era professor universitário. Tinha acabado de ser campeão nacional no Japão (com o Kawasaki Frontale), e quando cheguei lá vi que não fiz boa coisa. Isso me deprimiu. O dinheiro nem sempre traz satisfação", disse.
Segundo Magnum, a separação da família também pesou na decisão de deixar o time coreano, já que optou por mandar a esposa de volta ao Brasil durante o período de adaptação. Ele ficou apenas três meses no Ulsan Hyundai.
Antes de acertar com os coreanos, o atleta passou cinco anos no futebol japonês. Além do Kawasaki, também vestiu a camisa do Nagoya Grampus.
Magnum, que assinou contrato com o São Caetano até o fim do ano, acredita que terá condição de estrear na terça-feira da próxima semana, diante do Goiás, no Anacleto Campanella.
Revelado no Paysandu, em 2001, passou pelo Vitória, em 2004, e naquele ano caiu com o time para a Série B do Brasileiro. Em 2006, teve breve passagem pelo Peixe. Contratado em janeiro, teve o contrato válido até dezembro rescindido pela diretoria santista em junho do mesmo ano e se transferiu para o futebol japonês.
O meia-atacante conta que chegou ao São Caetano com o aval do técnico Vadão. "Nunca trabalhamos juntos. Ele já tinha me visto jogar quando defendi o Vitória (2004/2005). Ele era o treinador do Bahia", disse.
Magnum diz que não se arrepende de ter deixado o Santos, embora na época fosse titular da equipe de Vanderlei Luxemburgo. "Gostaria de ter permanecido, mas a proposta dos japoneses era irrecusável. Ofereceram quatro vezes mais do que eu ganhava. Falei com ele (Luxemburgo) e ele disse para eu ir ganhar um dinheirinho.
É a terceira vez que Magnum disputa a Série B do Brasileiro. As duas primeiras foram pelo Paysandu (2001) e Vitória (2005).
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