Enquanto a maioria dos brasileiros se espremia em algum lugar para ver a vitória da Seleção sobre a Costa do Marfim, uma parte da população ficou de fora da festa da Copa do Mundo. Isto porque, durante a partida, a rotina não poderia ficar de lado. Tristeza para uns, nem tanto para outros.

Com o coração na mão e a camisa amarela no corpo, Marijara Luz entrou no ônibus em Santo André para o Rio de Janeiro bem na hora do confronto. "Só tinha esse horário disponível. Não tem problema. Eu comprei um radinho. Sempre tem o jeitinho brasileiro."

Sem alternativa, uma equipe do Semasa fazia reparos nas ruas de Santo André no momento da partida. O pedreiro Elídio Gomes é amante do futebol e confessa que ficou triste em perder o jogo. "Estou torcendo sem assistir. Mais tarde dá para comemorar."

O taxista Francisco Guedes também encarou numa boa. "Gosto de futebol, mas o trabalho vem primeiro", arrematou, com um palpite certeiro nos 3 a 1 contra os marfinenses.

PARA ELAS, TANTO FAZ - Algumas pessoas nem se preocuparam por não poder acompanhar o jogo. Não gostam da Copa. É o caso das atendentes de caixa Priscila Daiana e Thais Marques. Em pleno expediente do hipermercado onde trabalham, fizeram a opção de não assistir a partida. "Não fazemos questão. Trabalhamos muito bem", disse Thais. Sem movimento no período, para elas, acaba até compensando. "Fica bem mais tranquilo", revelou Priscila.

A recepcionista do PA (Pronto Atendimento) Central de Santo André Gilmara Alves é totalmente avessa ao Mundial. "Não acompanho mesmo. Acho os outros campeonatos muito mais emocionantes."