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Na política, o novo já nasce velho

Descontentamento com a classe política, descrédito em ações do governo, movimento por reformas eleitoral, tributária e agrária

Do Diário do Grande ABC
23/07/2015 | 07:00
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Descontentamento com a classe política, descrédito em ações do governo, movimento por reformas eleitoral, tributária e agrária. O Brasil vive período de insatisfação popular diante de tantos desatinos dos homens públicos. A narrativa desse quadro bem que poderia ser da atualidade, mas não é. O conteúdo é parte importante do final do discurso do então presidente do Brasil, João Goulart, em março de 1964. Disse ele, em comício na Central do Brasil, região central do Rio de Janeiro, diante de 200 mil pessoas. “Não apenas pela reforma agrária, mas pela reforma tributária, pela reforma eleitoral ampla, pelo voto do analfabeto, pela elegibilidade de todos os brasileiros, pela pureza da vida democrática, pela emancipação, pela justiça social e pelo progresso do Brasil”. Dias depois desse evento, Jango foi destituído do governo pelo golpe militar. Mais uma coincidência que liga o passado e o presente. Fala-se, hoje, que os representantes dos descontentes promovem manobra para tirar a presidente Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto. Alguns usam o mesmo termo da época: golpe. Apesar de outros garantirem que há embasamento jurídico para tirar a petista da cadeira. Passa o tempo, a história se repete. O povo sempre abaixo na lista de prioridades. Na política brasileira, o novo já nasce velho.

Fuga
Ex-vereador, ex-secretário e ex-vice-prefeito de Mauá, Paulo Eugenio Pereira Junior arrumou confusão no PT na semana passada. Mas resolveu esfriar a cabeça e comemorar aniversário em viagem internacional. Foi para Buenos Aires. Enquanto isso, em solo mauaense, muita gente tem cobrado dívidas da campanha dele, ano passado, quando tentou deputado estadual.

Sardano fica
Comentário geral em Santo André é de que o vereador Edson Sardano deixaria o PTB para ingressar no PSDB. Ele nega. A informação correu quando ventilou-se possibilidade de o diretório petebista apoiar o projeto de reeleição do PT. O parlamentar, então, deixou claro que não caminharia com os petistas de jeito nenhum e que sairia do partido se isso ocorresse. Mas ouviu da presidente do PTB andreense, Dinah Zekcer, que essa possibilidade está descartada. Por isso continuará no partido.

Ausência
Chamou a atenção de petistas o fato de o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, não ter participado de nenhuma das quatro atividades que o presidente estadual do PT, Emidio de Souza, fez na região sábado. O chefe do Executivo estava no Interior. Dizem que trabalhava na articulação do seu projeto de concorrer ao governo paulista, em 2018. 




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