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Desabamento de muro ainda causa transtornos no Itapark

Moradores reclamam da lentidão da obra; advogado diz que cidade podia fazer o serviço

Carolina Helena
Especial para o Diário
05/02/2022 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


Moradores do Jardim Itapark, em Mauá, seguem sofrendo com as consequências do desabamento de parte do estacionamento da Coop, que aconteceu no último domingo. A terra, que não suportou o volume de chuva, deslizou e interditou a Rua Orlando Tasca. Não houve feridos. Ontem, profissionais contratados pelo supermercado trabalhavam no local, mas a previsão é que o trecho seja liberado apenas em três semanas. 

Elias dos Santos, 57 anos, mora há 30 no entorno da Coop e reclama da demora para desobstruir a via. “Quem mora aqui usa essa rua para acessar a avenida (Itapark), agora por causa da obra precisa dar toda volta. Um mês (obstruída) é muita coisa. O serviço de construção foi malfeito desde o começo, sabendo que aqui era área de aterro, precisa ser feito muro de arrimo nesta região”, comentou. 

Além da interdição da rua, os moradores também estão aflitos com a possibilidade de outros desmoronamentos. Patrícia Porto, 38, disse que a queda do muro trouxe medo para a vizinhança. “A trepidação acabou tremendo as nossas casas. Depois que a Coop chegou começou a rachar muito aqui devido à passagem de caminhões na rua, que trepida muito. Tenho medo do restante do muro cair e acabar abalando as nossas casas. Conversei com a Defesa Civil no dia que caiu e ela falou que possivelmente a outra parte ia cair também. A Coop não falou nada, não notificou nada”, lamentou.

O advogado Ruslan Stuchi disse que a Prefeitura de Mauá poderia agilizar a reconstrução do muro e depois cobrar o valor do supermercado. “Como esse infortúnio está gerando problemas para a cidade, para os moradores, a Prefeitura pode fazer a obra e entrar com um processo contra a Coop pedindo o ressarcimento desses danos materiais e até aplicar uma multa por não fazer a obra em um prazo adequado”, explicou o especialista. 

A Coop, por meio da assessoria, manteve o prazo de 30 dias desde o desmoronamento para finalizar o reparo no local. Já a Prefeitura de Mauá não se pronunciou até o fechamento desta edição. 




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