Palavra do Leitor Titulo
Superando a média

Tome um grupo de 100 brasileiros entre 15 e 64 anos. Desses, apenas 26% dominam plenamente o uso da Língua Portuguesa

Dgabc
12/01/2013 | 00:00
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Artigo

Tome um grupo de 100 brasileiros entre 15 e 64 anos. Desses, apenas 26% dominam plenamente o uso da Língua Portuguesa - capazes de ler e interpretar textos mais complexos - e realizar cálculos matemáticos básicos. O restante se divide entre aqueles que possuem conhecimentos básicos (47%), rudimentares (21%) e analfabetos (6%). A preocupante constatação do baixo percentual de brasileiros plenamente aptos surge do Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional), publicado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa.

De acordo com os técnicos que coordenaram a pesquisa, apenas quem tem o pleno domínio dessas duas habilidades atende a condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada. Ou seja, da população brasileira, nada menos do que 145 milhões de pessoas não têm condições de participar como cidadãos ativos. Isso porque a falta da Educação básica é o motor de círculo vicioso de exclusão social e baixa qualificação profissional. Somente quem está preso nele sabe o quão frustrante é a vida de analfabeto. Os outros podem apenas imaginar...

Nos últimos 15 anos, o Ciee fez parte da história de vida de 52 mil brasileiros que conseguiram entrar para o grupo dos alfabetizados, beneficiados pelo Programa de Alfabetização e Suplência Gratuita para Adultos. Aliás, no fim de 2012, realizou a última formatura do ano. Desse seleto grupo vem a história de Aparecido Andrade da Silva, 38 anos, que perdeu o pai cedo e a mãe não podia sustentar sozinha seus sete irmãos: teve de abrir mão da escola para garantir o sustento da casa. Migrante em São Paulo, somente notou o que estava perdendo por não saber ler nem escrever quando, certa vez, desempregado, acertou todos os detalhes com o encarregado para assumir trabalho em Barueri. Somente ao chegar lá descobriu que parte do processo de admissão consistia no preenchimento de ficha. Atualmente cursa o 2º e 3º ano do Ensino Fundamental no programa do Ciee e diz ter força de vontade de seguir até o fim do Ensino Médio.

Tratam-se de pessoas que, mesmo com vontade de mudar de vida, não conseguem combater desigualdades sociais por já sair em desvantagem até mesmo quando buscam vaga de menor qualificação no mercado de trabalho. Para elas, a experiência mostra que muitas vezes apoio adicional basta para que comecem a trilhar caminho do conhecimento e alimentar esperança de futuro melhor.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola, da Academia Paulista de História e diretor da Fiesp.

Palavra do leitor

EMTU
O usuário do transporte intermunicipal da região aguarda ansioso a implantação do sistema Tamanduateí ao Grande Alvarenga, proposta esta que vai gerar qualidade de vida aos trabalhadores de uma região que há décadas é refém de oligopólio de transporte, no qual nunca houve respeito a um produto chamado passageiro, nem respaldo da EMTU, empresa gestora do transporte metropolitano. O desrespeito é escandaloso com relação ao valor da tarifa e ao estado precário dos veículos. Assim, a Viação Riacho Grande opera o sistema a seu modo, sem ser incomodada por fiscalização de um Estado que não tem compromisso com as políticas públicas. Nossa região não é merecedora de tanta ousadia de um grupo econômico que em tese deveria operar com as regras impostas pelo poder público. São comuns as interrupções de viagens por conta da falta de manutenção da frota e é visível esse estado de desmonte aos olhos dos passageiros.
Gércio Vidal
São Bernardo

Enem
Estava tudo muito bom para ser verdade, porém, infelizmente algo de ruim para o ânimo de nossos estudantes já aconteceu. Por que não conseguir visualizar a correção das redações? Engraçado que um amigo do meu filho que prestou UEM-Maringa, no Paraná, também teve problema na redação. Na internet mostrava que ele não fez a redação e ele afirmou ter feito. Diante dos fatos só podemos concluir que os serviços prestados por nosso governo são mesmo falhos, ou seja, ainda piores! Pode até ser que exista sistema de privilégios, onde só alguns conseguem ‘vagas'. Infelizmente, essa é a realidade da Educação pública brasileira.
Rosângela Caris
Mauá

Insulina
Que vergonha desses políticos brasileiros, principalmente do (des)governo federal! Como pode a Dilma se vangloriar de que estamos entre as seis maiores economias do mundo e não fornece insulina nos postos de Saúde espalhados pelo País? Isso chama-se incompetência do ministro Alexandre Padilha. Ele é médico, imaginem como está a área da Saúde? Cadê o planejamento? O engraçado é que quando ficam dodóis utilizam-se dos melhores hospitais particulares, pagos, é claro, com dinheiro público. Se o SUS é tão bom, façam tratamentos nesse sistema de Saúde. Vale lembrar que a insulina distribuída nos postos de Saúde gratuitamente já estão ultrapassadas, de acordo com estudos médicos científicos. É sempre assim, aos amigos do rei ou rainha os favores da lei, aos demais, a sobra com o bolsa esmola. Brasil, País realmente de poucos!
Ailton Gomes
Ribeirão Pires

Ajuda ao governo
Levei um choque quando vi a proposta do vereador Beto Vidoski conclamando a população de São Caetano a quitar a vista o IPTU de 2013 para ajudar a engordar o caixa da Prefeitura, para compensar o rombo deixado pela administração anterior. Pior, declara ainda que vai incentivar o prefeito Paulo Pinheiro a ser o líder dessa campanha. O grupo que deixou o Palácio gastou a grana e agora, segundo o vereador, a população bondosa de São Caetano, sensibilizada com isso, reúne-se e cobre parte do rombo deixado. O que podemos esperar de um vereador, aliás, o mais bem votado que, como primeiro manifesto, faz uma proposta dessas? O prefeito e os competentes secretários por ele escolhidos que se reúnam, analisem e elaborem plano econômico para enfrentar os possíveis problemas financeiros. A população já fez sua parte, escolhendo o prefeito e os vereadores que ela pensa sejam capazes de governar de forma competente a cidade. Aconselho o senhor Beto Vidoski a tomar cuidado e pensar um pouquinho mais antes de fazer pronunciamentos infelizes como esse. Na hora de levar vantagem e o dinheiro, beneficiam-se os políticos. Na hora de pagar a dívida, chamam a população. Lamentável! Começou muito mal.
Luiz Antonio Mendes Neto
São Caetano




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