Cultura & Lazer Titulo
'Clarão nas Estrelas' estréia no Teatro Municipal de Sto.André
Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
14/05/2003 | 19:06
Compartilhar notícia


Dirigido por Rafael de Castro, o Gete (Grupo Experimental de Teatro), de Mauá, apresenta nesta quinta-feira em dois horários, no Teatro Municipal de Santo André, a peça Clarão nas Estrelas. Os ingressos custam R$ 5. Conto de fadas contemporâneo, o texto foi escrito há cerca de cinco anos por Vladimir Capella, mestre nesse segmento.

O Príncipe (Júlio César Brugnari) sofre de um mal desconhecido. Contrata médicos que não conseguem indicar um tratamento e dizem que só um amor verdadeiro pode curá-lo. A camponesa Maria (Bruna Toffic) possui um pêndulo mágico se apaixona por ele, mas é perseguida pela Rainha (Edna Brugnari), uma figura perversa.

“O texto tem a estrutura de um conto de fadas, com elementos mágicos como o pêndulo. Clarão nas Estrelas reúne tintas de todos os contos. A temática é um pouco, digamos, shakespeariana. O Príncipe é quase um Hamlet infantil”, diz Capella. A peça, que permite várias leituras, prova ser possível recriar o conto de fadas, atemporal e universal, hoje em dia.

“O texto é calcado sobretudo na questão da vida e morte, que é um tabu, com a morte como renascimento. Em Clarão nas Estrelas comecei a delinear um trabalho sobre a opressão do povo, desenvolvido com mais ênfase em Miranda (peça escrita e dirigida por Capella, em cartaz no Sesc Belenzinho)”, afirma o autor.

Para Castro, a frase-chave de Clarão nas Estrelas é “O amor não mata, liberta”. “Quisemos ser bem fiéis ao autor. A pesquisa, que incluiu a leitura de comédias de Shakespeare, o filme Hamlet (dirigido e protagonizado por Lawrence Olivier), Miranda e conversas com Capella, durou oito meses”, diz.

Os figurinos de Clarão nas Estrelas, assinados pelo Gete, foram confeccionados com material reciclado, como tecidos usados. As cores da família real são o preto e o dourado, que “simbolizam a riqueza mergulhada nas trevas”. Já Maria se apresenta de branco.

Apesar de classificar Clarão nas Estrelas como “teatro infanto juvenil”, o diretor afirma que “Capella não se prende a uma idade, e a peça é totalmente aberta”. Para Castro, porém, é preciso classificar a montagem de alguma forma por necessidade mercadológica. Posicionar o espetáculo dentro de determinada faixa etária ajuda a “obter espaços para apresentá-lo, o que é muito difícil”.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;