Os cinco vereadores do PT de Santo André fazem greve de silêncio desde as duas últimas semanas. O protesto ocorre por conta da tensão pelo fechamento da lista de pré-candidatos à Câmara pelo partido. O quinteto formado por Montorinho, Luiz Alberto, Eduardo Leite, Bete Siraque e Alemão Duarte evitou pronunciamentos na tribuna do Legislativo, além de ficar quieto durante as reuniões da direção da legenda. Estão preocupados com possíveis nomes que podem atrapalhar a reeleição deles. Qual é o receio, nobres parlamentares? Não confiam no trabalho que realizaram no mandato? Não terão boas propostas para convencer a população a depositar o voto de confiança nas urnas? Há restrição a algum filiado? Cadê a abertura democrática tão defendida pela agremiação da qual fazem parte desde sua fundação, na década de 1980? Querem isonomia? Igualdade de condições? Comecem pelos próprios projetos políticos. A disputa já inicia desfavorável a outros candidatos que não estão eleitos. Com o gabinete, toda a estrutura disponível e a visibilidade natural decorrente da cadeira que ocupam não deveriam estar preocupados. Isso se o trabalho estiver sendo benfeito. Mas, pelo jeito e pela reação da bancada, há sérios indícios de que a coisa está desorganizada. Agora, se a atuação foi digna, podem ficar tranquilos: o povo vai saber reconhecer e a vaga na legislatura 2017-2020 estará garantida. Ficar de bico calado não vai resolver nada. Nem para os nobres vereadores nem para o governo nem para a sociedade.

Do PTB para o PSD
A vice-prefeita de Rio Grande da Serra, Marilza de Oliveira, acertou sua saída do PTB e consequente ingresso no PSD. O martelo foi batido ontem em reunião entre ela, o prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) e Gilberto Kassab, presidente licenciado da executiva nacional pessedista. O diretório petebista continua no arco de alianças do tucano, que buscará a reeleição ano que vem. Marilza é a preferira para continuar na chapa.

Contra o Uber
Presidente do PTB paulista, o deputado Campos Machado afirma que o movimento contra o aplicativo Uber não está morto. O parlamentar espera que seu projeto, que proíbe a ferramenta e outras semelhantes em todo o Estado, seja aprovado na Assembleia Legislativa na semana que vem. “Irei agilizar a votação”, disse. O petebista é contra o que chama de “táxi clandestino”.

Susto
O secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Carlos Sanches (PT), passou mal na quinta-feira e saiu de Samu da sede da Pasta. Foi levado para o CHM (Centro Hospitalar Municipal) e depois para o Hospital do Coração, na Capital, onde passou por série de exames. Nada grave constatado, o petista passou a sexta-feira em repouso e volta ao trabalho na segunda-feira.