Os funcionários do INSS seguem em greve no Grande ABC, como parte da mobilização realizada em todo o País, na tentativa de recuperar as perdas salariais que somam 27,3% nos últimos quatro anos. Ontem, as agências de Diadema, Mauá e Ribeirão Pires não ofereceram atendimento devido à maioria do efetivo ter aderido à paralisação. Em Santo André, a unidade operou parcialmente. Hoje, haverá um ato do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) ao meio-dia na agência para tentar mobilizar mais profissionais. São Caetano seguiu funcionando normalmente e, São Bernardo, que na sexta-feira disponibilizou atendimento parcial, ontem voltou a atuar com 100% da equipe.

“Vamos reforçar também o pedido de adesão à greve em São Bernardo. É importante o movimento para que consigamos repor as perdas provocadas pela inflação nos últimos quatro anos e por melhores condições de trabalho”, afirmou Vagner Santos, representante do Sinsprev. O governo oferece a restituição de 21,3% pagos em quatro anos.

Ontem, em Brasília, houve reunião entre as centrais sindicais, o ministro da Previdências, Carlos Gabas, e a presidente do INSS, Elisete Berchiol. “Além das reivindicações, foi pedido também que não haja desconto dos dias em greve. Porém, só na reunião do dia 21, com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, é que será possível negociar a liberação dos recursos para a reposição dos salários”, conta Santos. Conforme o sindicalista, Gabas disse que vai conversar com Barbosa e que, se houver avanço no governo, nova reunião pode ser marcada nesta semana.