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Tiroteio provoca pânico na Vila Pires
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
30/07/2011 | 07:10
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O tiro certeiro de um policial militar na mão de um dos criminosos que empunhava metralhadora calibre 9 mm, com silenciador, travou o potente armamento de uso restrito das Forças Armadas, durante assalto em distribuidora de pneus na Vila Pires, em Santo André. Os criminosos fizeram os funcionários reféns, em ação estrategicamente planejada.

Do contrário, tragédia teria ocorrido ontem pela manhã no bairro predominantemente residencial e que abriga centros esportivos na proximidade. O saldo do tiroteio entre criminosos e policiais militares resultou na detenção de dois homens - um deles foi baleado, o quadro é estável e sem previsão de alta, segundo o Centro Hospitalar Municipal.

Outros três, segundo a Polícia Militar, conseguiram fugir na troca de tiros à luz do dia na Rua Chuí, via paralela à Avenida Capitão Mário de Toledo de Camargo, onde prosseguiu a perseguição policial.

Os policiais ainda conseguiram apreender a metralhadora, uma pistola Glock ponto 40 (também de uso restrito) e 33 munições. Na tentativa de fuga, o baleado A.S.A. jogou a metralhadora no córrego Guarará, que divide a avenida. 

INVASÃO
O bando, fortemente armado, invadiu, por volta das 8h30, a Delmar Pneus, distribuidora de pneus importados localizada na Rua Chuí, 941, paralela à Capitão Mário Toledo. Todos estavam uniformizados com camisetas de transportadora. "Eles pediam para a gente abaixar a cabeça e fazer o que estavam mandando", contou um dos dez empregados feitos reféns e que pediu para não ser identificado.

Duas mulheres - gerente e auxiliar administrativa - e mais um funcionário ficaram no andar de cima, vigiados por um dos assaltantes. No térreo, três empregados foram obrigados a carregar cerca de 700 pneus em caminhão-baú, que foi estacionado dentro da empresa pelos bandidos. "Outra recomendação era para a gente rolar os pneus menores, aro 13, para caberem mais", contou outro trabalhador, casado e pai de uma menina.

A primeira carga, avaliada em cerca de R$ 90 mil, foi levada antes da chegada dos policiais. Porém, um segundo caminhão, com placas de Florianópolis, que substituiu o primeiro dentro da empresa e com alguns pneus, ficou no local.

"Fomos recebidos a tiros, assim que estacionamos a viatura. Eles nos viram pela câmera da empresa", afirmou o soldado Leandro Silveira, que fazia o patrulhamento pelo bairro com o soldado Melquisedec da Silva.

Em viagem fora do País, o dono da empresa não conseguia falar com os funcionários pelos rádios nem telefones fixos, o que o levou a desconfiar e informar a polícia. Segundo vizinhos, os ladrões cortaram as linhas dos postes. O caso foi para o 3º Distrito Policial.




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