Entrega voluntária de brinquedos estimulou o sentimento de solidariedade entre os jovens do Ensino Médio do colégio particular Stagio, da Vila Franca, em São Bernardo, durante ação que beneficiou crianças da Associação Assistencial Carlos Henrique Thomaz, no bairro Assunção, ontem.

Giovanna da Maia, 17 anos, vestida com roupas infantis, falou emocionada sobre o ato de doar tempo e conhecer de perto realidades distintas. A jovem entregou cinco presentes, todos escolhidos cuidadosamente para crianças atendidas pelo projeto. “Quis usar roupas que me fazem parecer criança para poder interagir com eles. É muito gratificante ver a alegria dos pequenos e como podemos ajudar com tão pouco.”

Já Gustavo Meduri, 17, foi convocado a jogar futebol com grupo de meninos da associação assistencial após a entrega dos presentes. “Acredito que doar um pouco do meu tempo faz diferença na vida deles (crianças).”

Os beneficiados entregaram cartas aos “padrinhos”. Entusiasmado, Gustavo, 11, disse que “amou” os mimos e que dividiria com o irmão os chicletes recebidos. “Estou muito feliz. Gostei demais de tudo o que ganhei.”

Os jovens, além de entregarem os pacotes, também brincaram com as crianças. Com abraços, carinhos e lágrimas, a maior parte deles disse que se sente mais viva quando pode praticar o bem. Esse é, inclusive, o objetivo da ação, idealizada pelo Fundo Social de Solidariedade de São Bernardo.

A ação de ontem foi a segunda edição da Campanha do Brinquedo, fruto de parceria com 21 colégios particulares e a empresa de transportes Diastur, que personaliza ônibus e disponibiliza monitor fantasiado para a entrega dos presentes. Neste ano o projeto beneficiará 3.140 crianças, assistidas por 34 entidades. As entregas dos brinquedos começaram na segunda-feira e vão até o dia 9 de novembro.

A ação, feita para celebrar o Dia das Crianças, comemorado amanhã, tem o objetivo de integrar os estudantes das escolas particulares e as crianças das instituições, Os brinquedos têm de ser novos e custar entre R$ 20 e R$ 30.

“Mais do que as crianças das instituições mais felizes, o objetivo é despertar nos estudantes, desde cedo, a importância de ser solidário.” disse a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Greici Picolo Morseli.

A fundadora da Associação Assistencial Carlos Henrique Thomaz, Cheila Magaly Thomaz, 74, chamada de mãe pelas 60 crianças que atende no contraturno escolar, agradeceu emocionada. “Não há o que pague a felicidade dos meus pequenos.”