Setecidades Titulo Solidariedade
Falta doador de
sangue na região

Os quatro postos mantidos pela Colsan registraram a doação
de 4.379 bolsas em outubro, quase a metade da capacidade

Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
25/11/2010 | 07:39
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De cada dez pessoas que doam sangue, apenas três colaboram espontaneamente. Os demais doam a pedido de amigos, familiares ou conhecidos que precisam de transfusão. Os dados são da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), que mantém quatro pontos de coleta no Grande ABC.

A falta de colaboradores faz com que a Colsan trabalhe aquém de sua capacidade de coleta e armazenamento. Em outubro, a região conseguiu 4.379 bolsas de sangue, mas poderia angariar 8.000.

As doações atendem toda a rede municipal de São Bernardo, São Caetano e Santo André, além do Hospital Estadual Mário Covas. O Diário do Grande ABC nos Bairros, ação social promovida pelo Diário, é um dos incentivadores da prática e constantemente oferece o serviço nas escolas estaduais que recebem o evento.

Hoje, quando é celebrado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, a associação admite que o maior desafio ainda é a conscientização. “É um ato que ajuda muitas pessoas. É feito um cadastro que dura entre 40 e 45 minutos e a doação, cinco a dez minutos”, explicou a enfermeira do Hemocentro Regional de São Bernardo, Ana Carla dos Santos.

A equipe do Diário esteve ontem no hemocentro e conversou com mulheres que estavam doando pela primeira vez.

“Como sou agente comunitária de Saúde tenho que dar o exemplo para uma causa tão importante. Antes não tinha o peso necessário”, disse Fátima Aparecida Silva, 43 anos. Para acompanhá-la, a colega de trabalho Selma Tavares, 36, cumpriu seu papel. “Pretendo vir sempre.”

Mulheres podem doar três vezes no ano, com intervalos de três meses e homens quatro vezes, com intervalos de dois meses.

Segundo o Ministério da Saúde, em média, em todo o País são coletadas 3,5 milhões de bolsas de sangue. Nos períodos de férias, as doações diminuem 30%. O índice de doadores, que comparecem aos postos pelo menos uma vez por ano, é de aproximadamente 1,9% da população. Segundo o ministério, se cada pessoa doasse duas vezes ao ano, não faltaria sangue. Entre os fatores que contribuem para o crescimento da demanda está o aumento de 58,3% no número de transplantes realizados entre 2003 a 2009.

 

PERFIL

Segundo a gerente regional da Colsan no Grande ABC Fernanda da Silva Vasconcellos, homens com idade entre 26 a 45 anos são os doadores mais comuns. Há oito anos o auxiliar comercial Carlos Eduardo Sanches, 30, é doador. “Sempre vou com mais dois amigos de Santo André, quatro vezes ao ano. É a minha forma de contribuir”, explicou.




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