Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde se defendeu e considerou as declarações da secretária "descabidas", pois a Prefeitura de Diadema "é a gestora da Saúde". Ainda afirma que o custeio do Hospital Geral de Diadema para esse ano está estimado em R$ 73,1 milhões e é feito pelo Estado.

Em relação às transferências de pacientes para outros centros médicos, o Estado esclarece que de todas as solicitações feitas à Central de Regulação de Urgência e Emergência por Diadema no período de agosto até 10 de setembro, 68,5% tiveram solução, sendo que 23,7% dos pedidos não eram pertinentes.

INVESTIGAÇÃO
Sobre o caso da criança Estefani Ferreira de Paula, 11 meses, que morreu dia 5 deste mês por não ter sido corretamente atendida pela enfermeira que fez a triagem, a secretária afirmou que não faltou atendimento e nem médico pois o caso nem chegou ao conhecimento do médico de plantão. "Além de a enfermeira não ter feito a avaliação da criança, ela também não encaminhou ao atendimento médico. No dia do óbito tínhamos seis médicos no pronto-socorro e apenas um pediatra que atende casos de menor complexidade estava ausente."

No momento, a perícia está apurando a causa da morte da criança e deve ser concluída em até dois meses. Após o ocorrido, uma sindicância foi aberta no PSM para investigar o que de fato aconteceu no dia internamente.

A Prefeitura informou que o pedido de inspeção no PSM requerida pelo Ministério Público em agosto já foi protocolado pela Coordenadoria de Vigilância à Saúde e deve ser entregue dentro do prazo - até dia 20. O inquérito civil aberto em março deste ano investiga a relação entre mortes e falta de médicos no PSM.