São os novos livros recebidos por Memória, de autores que diversificam os temas neste gigante chamado Grande ABC
Quem fala em inteligência artificial (termo da moda pela primeira vez registrado aqui em memória) é o autor do criador de “Os livros de Jizu”.
Escreve Eduardo Kaze: (...) não posso deixar de falar sobre um aspecto único dessa obra: a arte. Você vai perceber que ela tem um toque peculiar, e isso se deve ao fato de ser produzida por uma inteligência artificial. Eu sei, pode parecer maluquice, mas a verdade é que, no início desse projeto, trazer um ilustrador humano seria mais do que difícil. Decidi, então, contar com a ajuda da tecnologia para dar vida às minhas mirabolices”.
Desenhos firmes. Legendas bem produzidas. Expressões futuristas. Críticas à Igreja. Lá vai Eduardo Kaze dando voz a Jizu, “o alienígena”.
São dois livros em forma de gibis. Volume 1, “O julgamento da Terra começa aqui!”; volume 2, “Dogmas”. Acompanha o “Guia do Julgamento”. Neste, o autor oferece sua obra: os dois primeiros livros pelo preço de um. Contatos: eduardokaze.com.br.
E a recomendação: “Se você é apaixonado por histórias misteriosas e ilustrações cativantes geradas por I. A., os livros do Jizu são para você”. Boa leitura.
Crédito das fotos 1 e 2 – Capas: Eduardo Caze
NIILISMO
O professor Eliel C. Ferreira ensina que niilismo é uma filosofia que questiona o sentido e o valor da vida e que encontra na poesia um meio de expressão ideal. “Notas niilistas, de um poeta incorrigível”, é um livro de poesias que fazem pensar. E Eliel é sempre direto, objetivo. Escolhemos as mais curtinhas:
“Albert Camus certa vez cantou absurdamente para mim e foi assim: se refaça sob paus e pedras no fim do caminho” (Camus no tom de Elis).
“Deliberar é sofrer entre uma escolha péssima e outra pior ainda. Vacilantes por aí estão elas. As decisões que tomamos sempre nos perseguindo” (Dilemas).
“A palavra mata. O silêncio corrói. De qualquer maneira estamos sempre mais ou menos mortos” (“Zumbis”).
O livro de Eliel C. Ferreira vai dividido em três partes: “Notas niilistas”, “Poemas, Poeiras e Partículas” e “Retalhos de Alguém”. A obra nos faz lembrar “Cabeça Ativa”, a revista de poesia temática que durou 64 edições. Que o trabalho de Eliel seja eterno.
Crédito da capa 3 – Marcelo dos Santos Cavalheiro, a partir das ideias do autor
A GRANDE FÁBRICA
Na capa, o símbolo mundial da montadora alemã e o jovem de calça boca-de-ensino observado pelo PM armado. O ano: 1980. Um livro jornalístico. São vários os autores, com texto final de Solange do Espirito Santo e Gonzaga do Monte, cujos nomes deveriam estar na capa.
Solanginha e Gonzaga começaram a pesquisa em 2019 e adotaram como premissa ter como principais personagens os próprios trabalhadores.
Verdadeiramente, os autores revisitam histórias que vivenciaram como jornalistas, na cobertura das greves e movimentos do ABC para a chamada grande imprensa – o que inclui o Diário - e, num segundo momento, no trabalho na Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, nas décadas de 1980 e 1990.
O tema central: contar o caso da colaboração ativa da Volkswagen com o regime militar, tema proposto pela Associação Heinrich Plagge e pelo próprio sindicato.
O livro vai dividido em seis partes, a seguir sintetizadas:
1953-1967, a chegada da Volkswagen ao Brasil, a criação do Sindicato dos Metalúrgicos, o golpe civil-militar e a “legalização” da ditadura.
1968-1977 – O AI-5, a prisão de trabalhadores dentro da VW.
1978-1985 – Metalúrgicos ajudam a pôr fim a 21 anos de ditadura e não se intimidam com perseguição e repressão.
1986-2014 – Resquícios da ditadura.
2015-2020 – A busca pela reabilitação da Volks e um novo caminho na Justiça brasileira.
2020-2022 – Volkswagen assume responsabilidade e faz reparação a trabalhadores.
Livro forte, “Ditadura, a cumplicidade da Volkswagen e a resistência dos trabalhadores”. Uma bibliografia completa distribuída em 13 páginas.
Entre os autores, o saudoso Julinho de Grammont; entre os temas, a Batalha de Piraporinha e a Greve dos Golas Vermelhas na Ford.
Uma interessante, mas ainda incompleta seleção de fotografias.
Um livro-denúncia, sim. Mas, principalmente, um livro didático e que sintetiza a história social contemporânea do Grande ABC, escrito por quem viveu os momentos descritos. Solange e Gonzaga.
Crédito da capa 4 – Capa: Jesus Carlos
NAS ONDAS DO RÁDIO
Grande ABC e Você
18 de maio, o Dia Internacional do Museu.
E o Museu de Santo André Dr. Octaviano Gaiarsa?, fechado há muito tempo?
A história da cidade, comprometida pelo prédio deteriorado.
Entre as autoridades, silêncio...
Produção e apresentação: José Carlos Pereira, que fez história na Publicidade do Diário. Consultora musical: Marilza Cunha Pereira. Amanhã, sábado, a partir das 7h da manhã. Rádio ABC AM (1570) e FM 81.9.
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Terça-feira, 17 de maio de 1994 – Edição 8701
MANCHETE – Obras na Índio Tibiriçá começam hoje (17-5-1994).
GRANDE ABC – Os fóruns da região acumulam mais de 100 ações contra loteamentos irregulares.
FUTEBOL – Domingo, no Bruno Daniel: Santo André 0, Bragantino 1; e o Ramalhão é rebaixado para o Grupo A-2.
EM 17 DE MAIO DE...
1979 – Tomava posse a nova diretoria do Clube dos Lojistas de São Bernardo. Na presidência, Leônidas Corghi.
Show de rock no Teatro Procópio Ferreira, na Vila Paulicéia, em São Bernardo, com o conjunto Patrulha do Espaço e o grupo Lírio de Vidro.
MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Hoje é o aniversário de Biguaçu e Dona Emma, em Santa Catarina; Carvalhópolis, em Minas Gerais; Flores da Cunha e Santa Maria, no Rio Grande do Sul; Nossa Senhora do Livramento, no Mato Grosso; e Virmond, no Paraná.
HOJE
Dia Mundial da Reciclagem
Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação
Dia Mundial da Internet, criado em 2015
Dia Nacional de Combate à Homofobia.
São Pascoal Baylon
17 de maio
(Espanha: Torre Hermosa 1540, Villareal 1592). Leigo e iletrado, mas considerado um dos primeiros teólogos da Eucaristia, pelos muitos tratados que escreveu sobre o assunto.
Fonte: Arquidiocese de São Paulo
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