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O extraterrestre que vem de Utinga. O outro lado da Volkswagen. A poesia niilista do professor Eliel... Eduardo Kaze e a inteligência artificial.

São os novos livros recebidos por Memória, de autores que diversificam os temas neste gigante chamado Grande ABC

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
17/05/2024 | 08:00
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Quem fala em inteligência artificial (termo da moda pela primeira vez registrado aqui em memória) é o autor do criador de “Os livros de Jizu”.

Escreve Eduardo Kaze: (...) não posso deixar de falar sobre um aspecto único dessa obra: a arte. Você vai perceber que ela tem um toque peculiar, e isso se deve ao fato de ser produzida por uma inteligência artificial. Eu sei, pode parecer maluquice, mas a verdade é que, no início desse projeto, trazer um ilustrador humano seria mais do que difícil. Decidi, então, contar com a ajuda da tecnologia para dar vida às minhas mirabolices”.

Desenhos firmes. Legendas bem produzidas. Expressões futuristas. Críticas à Igreja. Lá vai Eduardo Kaze dando voz a Jizu, “o alienígena”.

São dois livros em forma de gibis. Volume 1, “O julgamento da Terra começa aqui!”; volume 2, “Dogmas”. Acompanha o “Guia do Julgamento”. Neste, o autor oferece sua obra: os dois primeiros livros pelo preço de um. Contatos: eduardokaze.com.br.

E a recomendação: “Se você é apaixonado por histórias misteriosas e ilustrações cativantes geradas por I. A., os livros do Jizu são para você”. Boa leitura.

 

Crédito das fotos 1 e 2 – Capas: Eduardo Caze

NIILISMO

O professor Eliel C. Ferreira ensina que niilismo é uma filosofia que questiona o sentido e o valor da vida e que encontra na poesia um meio de expressão ideal. “Notas niilistas, de um poeta incorrigível”, é um livro de poesias que fazem pensar. E Eliel é sempre direto, objetivo. Escolhemos as mais curtinhas:

“Albert Camus certa vez cantou absurdamente para mim e foi assim: se refaça sob paus e pedras no fim do caminho” (Camus no tom de Elis).

“Deliberar é sofrer entre uma escolha péssima e outra pior ainda. Vacilantes por aí estão elas. As decisões que tomamos sempre nos perseguindo” (Dilemas). 

“A palavra mata. O silêncio corrói. De qualquer maneira estamos sempre mais ou menos mortos” (“Zumbis”).

O livro de Eliel C. Ferreira vai dividido em três partes: “Notas niilistas”, “Poemas, Poeiras e Partículas” e “Retalhos de Alguém”. A obra nos faz lembrar “Cabeça Ativa”, a revista de poesia temática que durou 64 edições. Que o trabalho de Eliel seja eterno.

Crédito da capa 3 – Marcelo dos Santos Cavalheiro, a partir das ideias do autor

A GRANDE FÁBRICA

Na capa, o símbolo mundial da montadora alemã e o jovem de calça boca-de-ensino observado pelo PM armado. O ano: 1980. Um livro jornalístico. São vários os autores, com texto final de Solange do Espirito Santo e Gonzaga do Monte, cujos nomes deveriam estar na capa.

Solanginha e Gonzaga começaram a pesquisa em 2019 e adotaram como premissa ter como principais personagens os próprios trabalhadores.

Verdadeiramente, os autores revisitam histórias que vivenciaram como jornalistas, na cobertura das greves e movimentos do ABC para a chamada grande imprensa – o que inclui o Diário - e, num segundo momento, no trabalho na Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, nas décadas de 1980 e 1990.

O tema central: contar o caso da colaboração ativa da Volkswagen com o regime militar, tema proposto pela Associação Heinrich Plagge e pelo próprio sindicato.

O livro vai dividido em seis partes, a seguir sintetizadas: 

1953-1967, a chegada da Volkswagen ao Brasil, a criação do Sindicato dos Metalúrgicos, o golpe civil-militar e a “legalização” da ditadura.

1968-1977 – O AI-5, a prisão de trabalhadores dentro da VW.

1978-1985 – Metalúrgicos ajudam a pôr fim a 21 anos de ditadura e não se intimidam com perseguição e repressão.

1986-2014 – Resquícios da ditadura.

2015-2020 – A busca pela reabilitação da Volks e um novo caminho na Justiça brasileira.

2020-2022 – Volkswagen assume responsabilidade e faz reparação a trabalhadores.

Livro forte, “Ditadura, a cumplicidade da Volkswagen e a resistência dos trabalhadores”. Uma bibliografia completa distribuída em 13 páginas. 

Entre os autores, o saudoso Julinho de Grammont; entre os temas, a Batalha de Piraporinha e a Greve dos Golas Vermelhas na Ford. 

Uma interessante, mas ainda incompleta seleção de fotografias.

Um livro-denúncia, sim. Mas, principalmente, um livro didático e que sintetiza a história social contemporânea do Grande ABC, escrito por quem viveu os momentos descritos. Solange e Gonzaga.

Crédito da capa 4 – Capa: Jesus Carlos

NAS ONDAS DO RÁDIO

Grande ABC e Você

18 de maio, o Dia Internacional do Museu.

E o Museu de Santo André Dr. Octaviano Gaiarsa?, fechado há muito tempo?

A história da cidade, comprometida pelo prédio deteriorado.

Entre as autoridades, silêncio...

Produção e apresentação: José Carlos Pereira, que fez história na Publicidade do Diário. Consultora musical: Marilza Cunha Pereira. Amanhã, sábado, a partir das 7h da manhã. Rádio ABC AM (1570) e FM 81.9.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Terça-feira, 17 de maio de 1994 – Edição 8701

MANCHETE – Obras na Índio Tibiriçá começam hoje (17-5-1994).

GRANDE ABC – Os fóruns da região acumulam mais de 100 ações contra loteamentos irregulares.

FUTEBOL – Domingo, no Bruno Daniel: Santo André 0, Bragantino 1; e o Ramalhão é rebaixado para o Grupo A-2.

EM 17 DE MAIO DE...

1979 – Tomava posse a nova diretoria do Clube dos Lojistas de São Bernardo. Na presidência, Leônidas Corghi.

Show de rock no Teatro Procópio Ferreira, na Vila Paulicéia, em São Bernardo, com o conjunto Patrulha do Espaço e o grupo Lírio de Vidro.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Hoje é o aniversário de Biguaçu e Dona Emma, em Santa Catarina; Carvalhópolis, em Minas Gerais; Flores da Cunha e Santa Maria, no Rio Grande do Sul; Nossa Senhora do Livramento, no Mato Grosso; e Virmond, no Paraná.

HOJE

Dia Mundial da Reciclagem

Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação

Dia Mundial da Internet, criado em 2015

Dia Nacional de Combate à Homofobia.

São Pascoal Baylon

17 de maio

(Espanha: Torre Hermosa 1540, Villareal 1592). Leigo e iletrado, mas considerado um dos primeiros teólogos da Eucaristia, pelos muitos tratados que escreveu sobre o assunto.

Fonte: Arquidiocese de São Paulo




Comentários

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