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MP volta a pedir mais vistorias no Nardini

'Plano de ação' da Prefeitura de Mauá não agrada promotor

William Cardoso
06/06/2009 | 08:45
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As propostas apresentadas pela Prefeitura de Mauá para regularização do Hospital Doutor Radamés Nardini não agradaram ao Ministério Público. O entendimento do promotor responsável pelo caso é de que pouca coisa foi feita nos últimos dois anos. Novas vistorias devem dar a dimensão do descumprimento da ordem judicial, embora provoquem também uma demora maior para que surja uma solução.


A Prefeitura foi questionada mais uma vez pelo Diário sobre o que pretende fazer em relação ao Hospital Nardini, assim como sobre o teor do documento entregue anteontem ao Ministério da Saúde. Não houve resposta aos pedidos até o fechamento desta edição.

Em documento de 90 páginas, a Prefeitura admite perante a Justiça uma série de irregularidades. Fora as já relatadas, reconhece também inadequações na Comissão de Ética Médica e ausência de uma dúzia de outras comissões, entre elas a de uma Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e de controle de infecção.

A Prefeitura também não respondeu sobre vários pontos questionados pela promotoria na última audiência. Disponibilização de equipamentos de proteção permanente a funcionários e correta esterilização de materiais são alguns deles.

O promotor Renato Arruda Neto solicitou a Cremesp (Conselho Regional de Medicina), Coren (Conselho Regional de Enfermagem) e Crosp (Conselho Regional de Odontologia) novas vistorias em caráter de urgência. Quer o retrato atual por entidades responsáveis pela fiscalização.

O promotor lembrou que as obrigações impostas nos autos ainda não se converteram em soluções percebidas na prática pela população. "Assim, não há mais prazo a ser dilatado", define, encerrando a possibilidade de que uma nova audiência de conciliação termine sem resposta à sociedade.

MANIFESTAÇÂO

Ontem o João de Mauá, espantalho urbano que vem chamando atenção aos buracos da cidade foi colocado em frente ao Hospital Nardini como protesto contra o descaso quanto ao local.

 

 

INSS erra e dá aposentado de Santo André como morto

Um ex-industriário de Santo André foi pego de surpresa ao tentar sacar a aposentadoria na quarta-feira. Quando chegou à agência bancária, viu que não constavam os pouco mais de R$ 1.000 que recebe mensalmente em sua conta-corrente. Ele questionou a atendente e foi informado de que estava morto.

José Antonio da Silva, 55 anos, foi vítima de uma falha no sistema de óbitos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O erro aconteceu no cruzamento de dados do órgão federal com as informações enviadas pelos cartórios, que impedem o pagamento indevido. Um beneficiário com o mesmo nome do morador de Santo André morreu em 11 de março deste ano, gerando a confusão.

Silva foi localizado pela reportagem do Diário na tarde de ontem, na companhia de amigos. Ele mora no bairro Capuava e estava nas proximidades de casa quando apresentou os documentos. Em um deles, aparecia o inusitado motivo 58 - que significa que o benefício foi suspenso pelo Sistema de Óbitos - , que impediu o saque do dinheiro neste mês.

A família pede a colaboração do aposentado no custeio das dívidas, coisa que só conseguirá fazer no dia 9, segundo o INSS. É o prazo para que a situação seja regularizada e o dinheiro, depositado.

 

 




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