O número de crianças e adolescentes em situação de rua nos 116 pontos espalhados pela região será identificado na segunda fase do projeto ABC Integrado já em andamento. Na primeira etapa as áreas foram levantadas, e na última, o estudo vai traçar o perfil da criança, trazendo informações sobre os motivos que o levaram à rua e sua estrutura familiar. Não há prazos para conclusão do estudo.
Iniciado em junho do ano passado, o ABC Integrado é realizado pela Fundação Travessia e Universidade Metodista de São Paulo com objetivo de diagnosticar o problema da criança em situação de rua no Grande ABC. "Precisamos entender essa realidade para criar os projetos. Não temos a caracterização de onde vêm as crianças, elas se movimentam muito e não há um trabalho articulado entre as cidades", explica Eduardo Rezende Melo, juiz da Vara da Infância e Juventude de São Caetano.
O estudo mostrou que Santo André concentra o maior número de pontos com crianças trabalhando ou em situação de mendicância (37); em seguida aparece São Bernardo (27) e Diadema (20). São Caetano possui 19 áreas, Mauá oito, e Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra têm três e duas áreas respectivamente.
O diretor de projeto da Fundação Travessia, Marcelo Caran, lembrou que nem sempre a cidade com maior número de pontos é a que tem uma política mais enfraquecida para esta população. "Os números ainda não têm significado, só terão consistência quando forem caracterizados."
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