Quase 20 dias após ter sido baleado em tentativa de assalto, o vendedor autônomo Rogério Wiliam Augusto Pereira, 42 anos, ainda aguarda cirurgia para retirada de bala alojada no fêmur. Internado no CHM (Centro Hospitalar Municipal), o morador do Jardim Santo André teve o procedimento cirúrgico remarcado por três vezes.

"Todas as vezes que os médicos agendam a cirurgia aparece alguma emergência e eles cancelam. Até parece que meu caso não é grave", destaca Rogério. Segundo ele, foram três as oportunidades em que estava sendo levado para o procedimento cirúrgico e voltou para o quarto após a equipe médica alegar que havia outra emergência para atender.

Com muitas dores, dificuldade para se mexer e sem conseguir andar, o autônomo afirma que já poderia estar em casa se recuperando do trauma e, com isso, retornar ao trabalho com mais rapidez. "É horrível ficar aqui dependendo das pessoas para tudo, sem falar que preciso trabalhar", diz ele, que está acompanhado pela mulher no hospital.

Rogério foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na madrugada do dia 23 de fevereiro quando parou em um posto de combustível próximo de casa para abastecer e foi baleado após tentativa de assalto. Segundo a vítima, que fugiu ao pensar que os assaltantes estavam com revólver de brinquedo, foram efetuados três disparos, mas apenas um atingiu o autônomo. O caso foi registrado no 4º DP (Jardim).

A Prefeitura informou que o estado de saúde de Rogério é estável e que a cirurgia está agendada para hoje. A administração ressaltou ainda que a intervenção já estava na grade de cirurgias do CHM, no entanto, não especificou os motivos das remarcações anteriores.

A Secretaria de Saúde destacou ainda que todas as cirurgias da unidade são realizadas normalmente e o corpo clínico do hospital opera em sua normalidade, sem especificar quantos médicos trabalham no local e a quantidade de procedimentos realizados por dia.