Embasado pelo laudo do IML (Instituto Médico-Legal) concluído anteontem, o pai do estudante Erick Esiquiel acredita que o jovem morreu porque não foi socorrido depois de ter apanhado. Ele foi encontrado morto, em 30 de abril, na pedreira que abrigou a rave Tribe em Pirapora do Bom Jesus quatro dias antes.

O documento apontou anemia aguda como causa da morte. Lesões na boca e estômago, além de fraturas no nariz e perna esquerda fizeram com que sangrasse até morrer. "Além de espancamento, houve omissão de socorro. Erick não teria morrido se fosse encontrado", conta Almir Esiquiel.

O exame toxicológico não identificou a presença de álcool e drogas no organismo do universitário.

Paralela à investigação que corre na Delegacia de Homicídios de Santana de Parnaíba, Almir Esiquiel trabalha para ajudar a polícia. Ele tem procurado pistas no site de relacionamentos Orkut. Em uma das comunidades da rave Tribe, um freqüentador teria visto um dos seguranças do evento bater em alguém com as características de Erick. "Queremos descobrir quem foram os assassinos do meu filho. Hoje minha vida é toda voltada para isso. Quero Justiça."

Em nota, a Tribe informou que não comentará as suspeitas, pois já que o inquérito não foi concluído, há somente ‘especulações'.

O delegado Adalberto Deodoro Alcântara Lima foi procurado por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública para comentar as investigações, mas ele não concede entrevistas.