O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), negou conotação política na multa aplicada ao diretório do PT diademense por crime ambiental cometido no sábado. "O que é certo para um tem de ser certo para todos. Não tem perseguição política."

Cinco dias atrás, funcionários da sede do petismo iniciaram a derrubada de duas árvores da espécie sibipiruna, mas foram impedidos por servidores da Prefeitura porque havia liberação de apenas uma das sibipirunas e a AMV (Autorização de Manejo de Vegetação) estava vencida desde 6 de novembro. Técnicos do Paço autuaram os petistas antes da extração da vegetação - a copa de uma das árvores foi totalmente suprimida.

"Eles não podem descumprir a regra. Só tinham uma única autorização, que estava vencida. Eles erraram, não a Prefeitura", afirmou Lauro. "Como políticos, deveriam dar o exemplo para a população."

O valor da multa, segundo Lauro, será definido durante a semana. A estimativa inicial era que a quantia da punição fosse divulgada hoje. A demora deve-se pelo cálculo feito por técnicos do Paço, que se baseiam em gravidade do crime, grau da extração das árvores, lista de espécies nativas da Mata Atlântica (caso das sibipirunas) e compensação ambiental.

Presidente do PT de Diadema, o vereador Josa Queiroz voltou a criticar a posição de Lauro e classificou a punição como "fuxico, buchicho e informação desencontrada". Por nota, ele garantiu ter documentação em dia para supressão da vegetação.

"O diretório do PT possui laudos que comprovam necessidade de retirada das árvores, pois elas se encontram apodrecidas em sua base devido aos constantes ataques de cupins. Elas têm sofrido nos últimos anos, comprovados por laudos atestados por técnicos da Secretária de Meio Ambiente de Diadema."