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Viajar sozinho pode ser até mais divertido
Caroline Garcia
Do Diário OnLine
15/08/2014 | 07:00
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Divulgação


Se os amigos não topam viajar, cabe ao solteiro explorar o mundo sozinho. Alguns até preferem e se sentem bem ao ter um tempo só para si ao conhecer novos lugares. Mas, para quem deseja ter alguém ao lado para compartilhar as novidades, há diversas opções. As agências de viagens estão, cada vez mais, preocupadas com esse público que soma quase metade da população brasileira.

Segundo dados do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2011 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), 48,1% dos brasileiros acima de 15 anos se declaram solteiros, num total de 72 milhões de pessoas.

“Já trabalhava com turismo e observei que o solteiro que queria viajar caía num público mais familiar e ficava deslocado. Sem contar que acabava pagando a mais e se sentia duplamente penalizado”, contou Yolanda de Oliveira, proprietária da Terrazul Turismo , que atua no mercado single há 13 anos.

O mesmo motivo levou Eduardo Martins a fundar a Keep Company, em 2008. “Atuo no relacionamento de empresas de turismo há mais de 20 anos e percebi que muitas pessoas gostariam de viajar e não o faziam por não ter companhia, por insegurança ou medo de solidão. Também notei que muitos viajantes solteiros se sentiam frustrados quando procuravam agências de turismo convencionais – que vendem pacotes para público formado, em geral, por famílias, casais em lua de mel e crianças –, porque os grupos não estão abertos a novas amizades, o que deixava os viajantes solteiros deslocados.”

O público atendido pela Keep Company é formado por pessoas economicamente ativas, entre 30 e 55 anos, de nível universitário, e que viajam, em média, cinco vezes por ano. Na Terrazul, 60% dos clientes são mulheres.
A proposta das agências, no entanto, não é unir casais, o que pode, eventualmente, acabar acontecendo, já que todo mundo é solteiro. “A missão é proporcionar ao público single momentos felizes e novas amizades. Laços, inclusive, que extrapolam os grupos de viagem. Os viajantes continuam se encontrando em festas, aniversários, bares, até assistimos juntos a vários jogos durante a Copa do Mundo”, contou Martins.

Yolanda garante que muitos casamentos já se formaram em viagens. “Nossa proposta é renovar o círculo de amizades e proporcionar boas viagens para o solteiro, mas acontece. Acaba sendo mais natural e o ambiente também ajuda na união. Tivemos até um caso de uma brasileira que casou com um argentino.”

Destinos - Os lugares mais procurados na Terrazul são praias como Paraty, Búzios, Maresias e Ilhabela, que têm vida noturna agitada. O pacote para um final de semana custa, em média, R$ 600. Campos de Jordão também é uma boa pedida. Neste final de semana, aliás, ocorrerá a 11ª edição da tradicional Festa do Solteiro na cidade. “Vai ter happy hour, passeio, festa à fantasia e discoteca” , destaca Yolanda de Oliveira. Cerca de 100 pessoas costumam participar da comemoração.

Já a Keep Company aposta também em destinos mais exóticos, como Índia, Nepal, Butão e Turquia. “Principalmente para as mulheres, os destinos exóticos são os preferidos para viajar em grupo, garantem segurança e, ao mesmo tempo, dá para conhecer culturas diferentes. Em que outra situação uma mulher poderia, por exemplo, viajar pelo Marrocos e dormir numa tenda no deserto? Também não ficamos restritos em hotéis e pousadas. Alguns exemplos são as mansões, ilhas exóticas e residências cinematográficas da qual chamamos de ''Guest house''. Há toda uma preocupação em criar roteiros exclusivos e personalizados, que promovam imersão na cultura local e integração entre os viajantes, para que os passageiros se conheçam, façam amizades e se divirtam”, disse o diretor da agência.

O pacote de 15 dias na Espanha e Marrocos, incluindo travessia no deserto do Sahara, sai por aproximadamente € 2.000, o que daria cerca de R$ 6.000.




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