Janelas fechadas, repelente e veneno para insetos fazem parte da rotina dos moradores da Rua dos Ciprestes, na Vila Luzita, em Santo André. O causador do problema é o Aedes aegypti, ou mosquito da dengue. Segundo os vizinhos, os criadouros estão em dois terrenos sem manutenção do entorno, um particular e outro da escola de samba Leões do Vale, cedido pela Prefeitura.

“A gente sempre levava picadas de mosquito e, um dia, minha mulher olhou e viu pintas na pata do bicho. Levamos até uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e lá eles confirmaram que é da dengue. Todos os vizinhos estão em alerta”, relata o operador de logística Vladimir Santos, 49 anos.

No terreno particular há mato alto, entulho e restos de lixo. Um muro separa a área da sede da escola de samba, que também está com mato alto, além de ferros e tecidos utilizados em carros alegóricos que foram abandonados ali.

“A gente fica preocupado porque mesmo que nenhum vizinho conhecido tenha adoecido, sabemos que esses mosquitos transmitem a doença”, disse o aposentado Nelson Ricardo de Meira, 60.

Os terrenos ficam em frente à área de lazer para crianças do bairro e da Emeief Cândido Portinari. Além da preocupação com os mosquitos, as ferragens no terreno da escola de samba também são motivo de preocupação, já que as crianças têm fácil acesso ao local.

“Quando a gente foi à UBS, disseram que mandariam uma equipe aqui. Isso faz três semanas e nada. As crianças da escola também estão correndo risco, assim como todos os moradores da região”, diz Santos.

A Prefeitura respondeu que a equipe de Controle de Zoonoses realizou 11 ações de bloqueio em 2.936 visitas na Vila Luzita. Apenas um caso era autóctone. A situação foi controlada, de modo que não houve mais registro na região.

Outra atividade de controle do vetor da dengue foram as visitas casa a casa, ação rotineira no bairro. No total, foram feitas 1.932 visitas, entre os dias 10 e 23 de abril.

Quanto aos terrenos, a promessa é que até segunda-feira agentes ambientais de Saúde irão vistoriar os locais. Aqueles que são particulares, os proprietários serão notificados para realização da limpeza. Se forem imóveis públicos, os técnicos, por sua vez, comunicarão à Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André para providenciar a limpeza.