Artigo

Recentemente, dia 13 de maio, comemoramos o 126º aniversário da libertação dos escravos no Brasil. A lei, embora assinada em 1888, levou algum tempo para ser realmente cumprida. A forma precária de comunicação da época impediu que os ‘donos’ dos escravos tomassem conhecimento da determinação da princesa Isabel no instante em que ela foi assinada. Agora a comunicação é rápida. As pessoas têm acesso instantâneo à informação. O mundo globalizado diminuiu fronteiras. Mas, infelizmente, a ignorância, no sentido do desconhecimento, ainda toma conta do mundo corporativo. Como em 1888. Atualmente, por exemplo, vivemos tipo de escravidão às avessas quando o assunto são as oportunidades de trabalho para as pessoas com deficiência (PcDs).

Ao contrário da prática desumana do trabalho forçado, não recompensado financeiramente, hoje algumas empresas pagam sem oferecer trabalho. Pode não parecer tão desumano do ponto de vista financeiro, de prover sustento, mas é igualmente injusto quando se trata da não recompensa. Fundamental é o dinheiro que vem do trabalho. Um não faz sentido sem o outro. Sim, o trabalho enobrece. O dinheiro, se muito, no limite, enriquece.

Escravos do preconceito e da ignorância, inúmeros são os casos de PcDs que ficam isolados no ambiente de trabalho. Impossibilitados de serem vistos e reconhecidos por seus potenciais, acabam deprimidos. A Lei de Cotas, 8.213 de 1991, surgiu não apenas porque era importante remunerar. Foi pensada para que as diferenças possam ser reconhecidas. O mundo não foi feito apenas de pessoas sem deficiência. Temos todos e todos temos os mesmos direitos. É nesse sentido que hoje o Padef (Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência), vinculado à Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho, trabalha. Na orientação e sensibilização do empresariado. A falta de conhecimento não pode ser alegada como impeditivo para que a lei seja cumprida.

O Estado de São Paulo tem cerca de 9,5 milhões de PcDs. Parte, absorvida pela Lei de Cotas, recebe em casa, sem trabalhar, ou está encostada em algum canto da empresa onde não seja percebida, para que fique invisível. Precisa explicar o quanto isso pode ser degradante? O sonho desta Pasta, sob a determinação do governador Geraldo Alckmin, é que a pessoa com deficiência seja tratada como trabalhador sem deficiência. Que sejam contratadas e demitidas, que sejam valorizadas ou que recebam advertência. Que tenham seus direitos preservados e seus deveres exigidos.

O que se quer efetivamente é o fim do preconceito e de qualquer regime que escravize seres humanos. Antes de sermos ‘humanos’ somos ‘seres’. Somos indivíduos, individuais, portanto, diferentes.

Tadeu Morais é secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho.

Palavra do leitor

Passe escolar
Mais uma vez a incapacidade da Prefeitura de Santo André leva centenas de pessoas honestas, principalmente estudantes e pais de alunos, a enfrentarem filas intermináveis na sede da Aesa para revalidar os passes escolares, obrigando-as a dispor de tempo, dinheiro e declarações. Todo ano esse absurdo acontece, já que cada escola tem calendário diferente. Neste ano é ainda pior devido à Copa. Se há uso indevido, fiscalize! Aplique sanções cabíveis em quem usa indevidamente, pois fiscalizar é obrigação do poder público. Como se não bastasse, se o aluno estuda em duas escolas, como é caso do meu filho, que usa uma passagem para ir pela manhã e outra para voltar ao fim da tarde, o sistema, jurássico, não reconhece as duas escolas. Ou tira duas cotas e paga tudo em dobro ou enfrenta esse transtorno três a quatro vezes nesse período.
Marcos Batista de Souza
Santo André

Investigue-se
A aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa deveria ser investigada. Deveria se procurar saber o porquê, assim como todas as ‘supostas’ tramoias da secretária Cleuza Repulho. Por que ela fechou tantas escolas de Educação Infantil? O correto seria identificar falhas, se realmente houvesse, e tentar saná-las. Isso para boa empreendedora e que estivesse realmente preocupada com a Educação das crianças e não somente em encher os CEUs – para poder fazer outros e, assim, ter ‘outros benefícios’. O Município ficou carente de creches, escolas de Educação Infantil. Quem concorda com a saída do Ministro Barbosa tem coisa a esconder. Quem vai ficar na direção já demonstrou a que veio.
Wilma Gallardo Silva do Carmo
São Bernardo

Avante, brasileiros!
É nauseante a expressão de embevecimento da presidente Dilma Rousseff, de Lula e de seus demais asseclas diante do senil ditador cubano Fidel Castro. Enquanto o governo é generoso no financiamento do porto de Mariel e nos repasses aos médicos cubanos penamos com nossos hospitais, escolas, estradas e portos. Pena que nossos deputados, e até mesmo os tribunais federais, fiquem inertes diante de tal situação, nada fazendo para investigar os detalhes dessa operação. Será que o povo também continuará colaborando nas próximas eleições para que a situação não mude? Recomendo a todos os brasileiros desavisados que dediquem alguns minutos à leitura e à reflexão do tema abordado, em busca de reformas institucionais sem as quais estaremos condenados à mediocridade. Avante, brasileiros! O Brasil não é o País só do futebol! É sobretudo uma das maiores nações.
Francisco Emidio Carneiro
São Bernardo

Lula e o Metrô
Senhor ex-presidente Lula, aproveite e pergunte ao povo se ter Metrô, não só para ir aos estádios, é babaquice?
Luiz Nusbaum
Capital

Imagina no Itaquerão
Ontem, dia do amistoso da Seleção, choveu sem parar antes do jogo no Morumbi. Imagina se fosse no Itaquerão. E para chegar?
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro (RJ)

Cabide
Li neste Diário que o Consórcio vira repartição pública (Política, dia 3). Prefeitos Lauro Michels, Maranhão e Benevides, não acredito que os senhores vão a favor do Marinho, para contratar tanta gente para trabalhar no Consórcio. Antes de esse senhor chegar eram sete chefes de Executivo, agora vai virar repartição pública do PT. Hamilton Lacerda já está na foto! Outra coisa é que todos os municípios estão em contenção de despesas. Como, então, os senhores explicarão R$ 5,7 milhões anuais? Nunca vi tanta gente interessada no Consórcio. Pela foto, parece a feira da mexerica. Marinho, tente terminar suas obras inacabadas, cuide da Secretaria de Educação e pare com essa lavagem de dinheiro. Quero acreditar que o prefeito Grana esteja fora dessa medida nada simpática. Porque na próxima eleição, nós vamos trocar todos vocês, inclusive vereadores! Quero explicações de todos os prefeitos que citei!
Nilzete Oliveira
São Caetano

Greve dos metroviários
O Judiciário condenou os bagunceiros do sindicato dos metroviários a multa de R$ 100 mil por dia e não adiantou: continuam parados prejudicando os usuários. Sugestão ao Judiciário: multa de R$ 100 mil no primeiro dia; R$ 200 mil no segundo, R$ 300 mil no terceiro e assim por diante.
Mário A. Dente
Capital