Política Titulo Diadema
Lauro admite ex-secretário de Gilson

Roberto Viola atuará com Chico Rocha; para prefeito, governo do socialista foi o ‘pior da história’ da cidade

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/12/2013 | 07:00
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Eleito com discurso de renovação, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), recorreu ao ex-secretário de Assuntos Jurídicos no segundo governo de Gilson Menezes (PSB) para atuar em cargo comissionado na chefia de Gabinete. Também ex-titular do departamento jurídico da Câmara, Roberto Viola foi admitido nesta semana pela administração do verde para atuar no setor comandado por outro ex-secretário de Gilson: Francisco José Rocha.

Ao lado de Chico Rocha, Viola reeditará parceria que, entre 1997 e 2000, gerenciou as Pastas centrais da gestão Gilson pelo PSB – o hoje socialista foi prefeito entre 1983 e 1988, pelo PT. A segunda passagem de Gilson pelo Executivo, aliás, foi classificada por Lauro como “a pior administração da história de Diadema” durante a campanha do ano passado e no derradeiro debate eleitoral promovido pelo Diário, já que o socialista era vice da chapa de Mário Reali (PT).

Viola exercerá função de auxiliar de Chico Rocha no Paço. O chefe de Gabinete informou que a admissão foi por “capacidade técnica.”

Embora tenha dito que o governo de Gilson foi o pior da história política da cidade, Lauro tem aproveitado quadros políticos e técnicos daquele mandato. A começar por Chico Rocha, seu sogro. Rocha foi figura importante da gestão Gilson, ficando à frente da Pasta de Finanças numa época em que o município sofria com constantes sequestros de receita para pagamento de precatório.

Os secretários Eduardo Monteiro (Habitação) e Clóvis Xidieh Costa (Finanças) também ocuparam cargos de segundo e terceiro escalões na administração do socialista. Ex-titular de Transportes de Lauro, David Schmitd (PMDB) ficou à frente da Pasta de Desenvolvimento Econômico com Gilson. A deputada estadual Regina Gonçalves (PV), madrinha política do prefeito, foi vice na chapa com Gilson.

BENS BLOQUEADOS

Durante o mandato de Gilson, Rocha e Viola convenceram o então prefeito a autorizar a contratação do escritório João Marques de Azevedo Buonaduce – Oscar Moraes e Silva Advogados Associados para defender processos da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema).

O acordo com a advocacia foi homologado sem licitação ao valor de R$ 4,4 milhões. Para o Ministério Público, o caso era improbidade administrativa e, por isso, ajuizou ação civil pública contra Gilson, a Prefeitura e José Francisco Alves (PMDB), então diretor-presidente da Saned.




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