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Elevar vereadores segura governabilidade

Parlamentares são alçados ao posto de secretário para contribuir com prefeitos estreantes

Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
09/12/2013 | 07:58
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 Compor a equipe de governo é tarefa que exige responsabilidade aos gestores públicos. Mas a dificuldade para encontrar peças que contribuam para o funcionamento da máquina pública e a necessidade de cumprir acordos políticos levam os prefeitos a buscarem no Legislativo nomes para assumir funções estratégicas.

A mudança representa aumento no contracheque do promovido. O salário de secretário é superior ao de parlamentar. Em Mauá, por exemplo, um vereador recebe R$ 7.500 por mês. Já um titular de Pasta no governo Donisete Braga (PT) tem salário de R$ 12.025,40.

No Grande ABC, dez vereadores foram alçados ao posto de secretário nos últimos cinco anos. Foram seis na gestão passada (2009 a 2012) e quatro desde 1° de janeiro, quando os chefes de Executivo eleitos foram empossados.

No segundo semestre de 2009, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), promoveu os vereadores José Ferreira e Toninho da Lanchonete (ambos petistas) para o comando da Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania) e Obras, respectivamente.

Eles retornaram ao Legislativo em março de 2011 para superar os problemas que Marinho enfrentava com a bancada de oposição.

No mesmo período em Mauá, o então prefeito Oswaldo Dias (PT) nomeou o parlamentar Paulo Suares (PT) para assumir a Pasta de Finanças. Ele ficou no posto em março de 2012 para disputar a reeleição na Câmara.

Em São Caetano, Gilberto Costa (atualmente no PEN) assumiu em abril de 2011 a Pasta de Esportes e Turismo, na gestão de José Auricchio Júnior (PTB). De ferrenho opositor a governista, ele queria ser indicado para disputar a sucessão de Auricchio, mas perdeu a vaga para Regina Maura Zetone.

 

COMPOSIÇÃO

Na atual estrutura administrativa das cidades na região, Diadema tem o maior número de vereadores licenciados para atuar no Paço.

Convocados pelo prefeito Lauro Michels (PV), José Augusto da Silva Ramos (PSDB), Marcos Michels e Márcio da Farmácia (ambos do PV), trocaram o Legislativo pelas Secretarias de Saúde, Educação e Obras, respectivamente. Dentre eles, José Augusto é alvo constante de críticas da oposição.

Em Santo André, Tiago Nogueira (PT) deixou a vaga na Câmara para ser o homem-forte do governo Carlos Grana (PT), primeiro na Pasta de chefia de Gabinete e agora em Relações Institucionais. Na prática, ele atua como articulador entre o governo e a Câmara.

A alteração mais recente foi promovida pelo chefe do Executivo de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), que alçou Eder Xavier (PCdoB) ao comando da Secretaria de Esporte e Turismo, substituindo Gilmar Tadeu Riberio Alves,

Em Mauá, o ex-presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), foi escolhido por Donisete Braga (PT) para comandar o departamento de Serviços Urbanos.




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