Economia Titulo Trabalho
Emprego na construção fica
estável em setembro

No entanto, para representantes do setor, será
difícil reverter queda no ano todo no Grande ABC

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/11/2013 | 07:25
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Denis Maciel/DGABC


O nível de emprego com registro em carteira nas construtoras no Grande ABC ficou praticamente estável em setembro, mas a tendência, ainda, é de que o setor fechará o ano com menos vagas que em 2012.

Houve, no nono mês do ano, alta de 0,06% no saldo de postos de trabalho (contratações menos demissões) em relação a agosto, o que significou a abertura de 44 vagas, segundo dados do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). Em todo o Estado, houve melhora no indicador, com a criação de 5.765 vagas, e apenas três áreas tiveram retração: Ribeirão Preto (78 postos a menos), Bauru (167) e São José do Rio Preto (83).

Os números tímidos da região trazem para representantes do setor a perspectiva de que dificilmente será possível reverter, no fim de 2013, a forte queda observada ao longo deste ano. De janeiro a agosto, o segmento registra o corte de 743 vagas e, nos últimos 12 meses, a retração é de 2.838 postos de trabalho.

Para a diretora adjunta da regional do SindusCon-SP no Grande ABC, Rosana Carnevalli, que tem empresa do ramo em São Caetano, este foi um ano difícil para a atividade na região, que tem forte dependência do desempenho das indústrias de transformação (os produtores de bens, como automóveis e autopeças). E, como o setor industrial teve muitos altos e baixos ao longo do ano (com meses bons, seguidos por outros de queda), as incertezas da economia impactaram nas compras de imóveis e na decisão das construtoras de lançar prédios. “Várias empresas seguraram os lançamentos”, disse a dirigente. E para piorar, segundo ela, obras iniciadas durante o boom imobiliário (entre 2009 e 2010), em grande parte, se encerraram neste ano. Rosana afirma, ainda, que o fim do ano tradicionalmente é época de vendas fracas nesse ramo, o que não ajuda a reverter os dados negativos do emprego.

A diretora tem expectativa de reação nas contratações em 2014, entre outros fatores, por obras de mais infraestrutura. “No ano que vem haverá eleições”, lembra. Além disso, a região tem demanda grande por unidades de dois dormitórios, com valores de R$ 200 mil a R$ 300 mil, avalia. 




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