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Lauro afaga PSB e pede que partido caminhe ao seu lado para reeleição

Prefeito participa de atividade no diretório, presta conta e nega que tenha dificultado ida da sigla ao governo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/08/2013 | 07:40
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André Henriques/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), chancelou o ingresso do PSB no primeiro escalão em atividade no diretório do partido ontem. Ele refutou uma recusa, nos bastidores, à entrada da sigla em sua administração e exaltou o presidente do PSB local, Manoel José da Silva, o Adelson, novo secretário de Segurança Alimentar do Paço.

“Nós casamos e hoje o Adelson está conosco. Não podemos ter pressa. Vamos montar o castelo para no futuro (em 2016) podermos vencer a batalha”, discursou Lauro para uma plateia de aproximadamente 80 pessoas.

No evento, ele exaltou também os suplentes de vereador Frank Miller e Antônio Rodrigues. Ambos haviam sido criticados pelo próprio verde e foram rejeitados pelo prefeito na negociação da ida do PSB à administração.

Lauro priorizou a prestação de contas de seus oito meses de mandato e, por diversas vezes, afagou Adelson e os socialistas. “Compreendo os motivos pelos quais o PSB apoiou o Mário (Reali, PT, ex-prefeito). Tenho certeza que o PSB colaborou para que ele não tomasse uma surra maior nas urnas.”

Adelson garantiu que o PSB estará integrado completamente ao governo verde, inclusive o ex-prefeito Gilson Menezes (PSB). Lauro e Gilson protagonizaram intenso bate-boca durante o último debate eleitoral promovido pelo Diário no ano passado, quando o socialista chamou o verde de “cara de pau”. “O Gilson vai estar junto, defendendo o governo”, afiançou Adelson.

MAIS SANED
O chefe do Executivo fez questão de dar detalhes do imbróglio da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema), contando a história da execução de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) conquistada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para reaver a dívida de R$ 1 bilhão.

“Quando assumi, no dia 1º, recebi um oficial de Justiça me mostrando uma das execuções, tive certeza de que a Saned estava falida”, contou o verde, que explicou as negociações em curso com a Sabesp, dizendo que já garantiu a absorção dos 330 postos de trabalho da autarquia municipal.

Segundo Lauro, o acordo está 90% fechado, restando apenas detalhes sobre o investimento do Estado em obras de saneamento e recapeamento de ruas como contrapartida pela venda completa da Saned em troca do passivo. “Pode ser de R$ 80 milhões ou R$ 90 milhões (ao ano). Estou querendo sempre mais”, exaltou.
 




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