Política Titulo Dança das cadeiras
Fim da janela define partidos dos prefeituráveis do Grande ABC

Cinco pré-postulantes mudaram de sigla; Diadema, Mauá e Rio Grande não tiveram movimentações

Artur Rodrigues
07/04/2024 | 07:00
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FOTO: Divulgação/EBC


O fim da janela partidária na sexta-feira encerrou as movimentações entre os políticos que vão pleitear algum cargo nas eleições deste ano. Entre as pré-candidaturas a prefeito, quatro das sete cidades tiveram mudanças entre os nomes que vão disputar o cargo majoritário. Os únicos municípios sem alterações foram Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra. 

Em Santo André, foram três movimentações. A primeira, e já anunciada previamente, foi a ida do vereador Coronel Edson Sardano para o Novo, partido pelo qual ele será candidato a prefeito. O parlamentar estava no PSD desde o início do mandato. A segunda movimentação envolveu os dois nomes cotados para serem indicados pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) à sua sucessão. Gilvan Júnior e Leandro Petrin assinaram suas filiações no PSDB e PSD, respectivamente. Gilvan está na gestão de Serra desde 2017 e é uma das figuras de maior confiança dentro do governo. Hoje no comando da Secretaria da Saúde, ele também já atuou como secretário de Planejamento e superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Já Petrin advogou na campanha vitoriosa de Paulo Serra à Prefeitura em 2016 e foi nomeado, em 2017, secretário de Governo. Em 2018, migrou para a Secretaria de Finanças e ficou até junho daquele ano. 

As principais surpresas da janela aconteceram em São Bernardo. Primeiro com a indicação de Flávia Morando para suceder o prefeito Orlando Morando (PSDB). Sobrinha do chefe do Executivo são-bernardense, ela estava sem partido e ingressou no União Brasil para disputar o pleito. Outra movimentação que agitou o bastidor político do município foi a ida de Marcelo Lima ao Podemos. Até o início da semana, era certo que o ex-vice prefeito e ex-deputado federal seria candidato pelo PSB, mas articulações feitas pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), colocaram o partido no grupo do pré-candidato do PT, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira. Conforme noticiado pelo Diário, o PSB deve compor a chapa majoritária com o petista tendo o ex-prefeito William Dib como vice. 

São Caetano também teve um fim de janela agitado. Na sexta-feira, o vereador Tite Campanella deixou o Cidadania, assinou com o PL e passou a ser o pré-candidato governista à sucessão do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). A secretária de Saúde, Regina Maura Zetone, deixou o PSDB e migrou para o PSD e vai completar a chapa como vice. A benção de Auricchio a Tite confirmou a notícia publicada pelo Diário no dia 20 de março. 

Em Ribeirão Pires, a única movimentação foi a de Gabriel Roncon, que deixou o Cidadania e ingressou no Progressistas. Sua ficha de filiação foi abonada pelo deputado federal e presidente estadual da legenda, Maurício Neves, em ato que aconteceu na quinta-feira, na Capital. 

O prazo para as movimentações começou no dia 7 de março. A janela partidária é aberta em qualquer ano eleitoral, sempre seis meses antes do pleito. 

ANTES DA JANELA

Três pré-candidatos já haviam mudado de partido antes mesmo da abertura da janela. Em São Bernardo, Rafael Demarchi deixou o União Brasil em janeiro para se filiar ao Novo. Ele disputará o Paço são-bernardense após ficar na terceira posição na eleição de 2020, quando recebeu 19.859 votos. 

Pré-candidato à Prefeitura de São Caetano, Fábio Palacio se filiou ao Podemos em novembro do ano passado, em ato que contou com a presença da presidente nacional do partido e deputada federal Renata Abreu. Será a terceira vez que Palacio vai disputar a cadeira do Palácio da Cerâmica. Em 2016, pelo PL, ficou em terceiro lugar, atrás do hoje prefeito José Auricchio Júnior. Em 2020, foi novamente às urnas na corrida majoritária, desta vez pelo PSD, sem impedir a reeleição de Auricchio. 

Pouco antes da abertura da janela, o deputado estadual Atila Jacomussi definiu sua filiação ao União Brasil. O parlamentar tentava desde o ano passado deixar o Solidariedade sem correr o risco de perder a cadeira na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). No início de março, ele finalmente teve a anuência do partido para migrar de legenda. Para a eleição de outubro, Atila pretende lançar sua candidatura a prefeito de Mauá, cargo que já ocupou de 2017 a 2020. Ele foi derrotado na busca pela reeleição por Marcelo Oliveira (PT), atual chefe do Executivo, que deve submeter seu nome ao eleitorado na tentativa de renovar o mandato.

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