Política Titulo Disputa
Região deve ter apenas dois ex-prefeitos nas eleições de outubro

Atila Jacomussi em Mauá, e Kiko Teixeira em Rio Grande da Serra são os únicos pré-postulantes que já ocuparam cargo majoritário

Artur Rodrigues
30/03/2024 | 07:01
Compartilhar notícia
Claudinei Plaza/DGABC


 Ainda em processo de definição de nomes para a corrida eleitoral, o Grande ABC tem hoje apenas dois ex-prefeitos cotados como candidatos ao Executivo na eleição deste ano. Atila Jacomussi (União Brasil), em Mauá, e Adler Kiko Teixeira (MDB), em Rio Grande da Serra, são os únicos pré-postulantes que já ocuparam cargo majoritário – sem contabilizar os gestores que buscarão a reeleição. 

Em Mauá, Atila tenta voltar ao poder após uma gestão conturbada entre 2017 e 2020. O ex-prefeito, hoje deputado estadual, foi preso duas vezes em 2018 pela PF (Polícia Federal) na Operação Trato Feito, que apontou que Atila pagava propina aos vereadores em troca de apoio político na Câmara. Ele foi afastado do cargo, mas voltou após ser solto. 

Com um governo marcado por crises, Atila não conseguiu se reeleger em 2020. Com 88.783 votos, ele perdeu o pleito no segundo turno para Marcelo Oliveira (PT). 

Em pesquisa realizada pelo Diário junto ao Instituto Paraná Pesquisa, em outubro do ano passado, o parlamentar aparece em primeiro nas intenções de votos com 38,1%, enquanto Marcelo tem 19,1%.

Já em Rio Grande da Serra, Kiko ensaia uma volta após comandar a Prefeitura de 2005 a 2012. Ele também foi prefeito de Ribeirão Pires de 2017 a 2020, mas perdeu a reeleição para Clóvis Volpi (PSD). Pesquisa divulgada pelo Diário em parceria com o Paraná Pesquisas, em fevereiro, mostrou Kiko em segundo lugar na corrida eleitoral, com 25,6% das intenções de votos. O líder é Akira Auriani (PSB), com 44,8%. 

Hoje, Kiko é secretário de Administração e Inovação de São Bernardo e um forte aliado do prefeito Orlando Morando (PSDB). Sua pré-candidatura ao Paço de Rio Grande ainda não é oficial, mas as conversas nos corredores da política dão conta que o ex-prefeito pode ter o apoio de Morando na corrida eleitoral. 

GABRIEL RONCON

Vice-prefeito na gestão de Kiko Teixeira em Ribeirão Pires, Gabriel Roncon (Cidadania) já se colocou como pré-candidato a prefeito do município. Ele concorreu na eleição suplementar de 2022 – realizada após a cassação de Clóvis Volpi –, mas ficou em segundo com 16.880 votos – Guto Volpi (PL) foi eleito com 20.529 votos. 

Para a eleição deste ano, o cenário é de uma briga ainda mais acirrada. Pesquisa divulgada no fim do ano passado apontou empate técnico entre Gabriel e Guto. O atual prefeito foi citado por 31,8% dos eleitores entrevistados, enquanto Roncon atingiu 30,7% da preferência. Como a margem de erro é de 4,4 pontos percentuais, ambos estão empatados tecnicamente. 

TITE CAMPANELLA

Embora não tenha sido eleito para o Executivo, o vereador Tite Campanella (Cidadania) comandou a Prefeitura de São Caetano em 2021 de forma interina. Isso aconteceu porque o prefeito eleito em 2020, José Auricchio Júnior (PSDB), foi condenado por captação ilegal de recursos. A sentença, no entanto, foi derrubada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o tucano tomou posse em dezembro de 2021. 

O nome de Tite é um dos mais fortes para a disputa eleitoral em São Caetano. O Diário divulgou, em 8 de março, pesquisa na qual aponta que o vereador está empatado com Fabio Palacio (Podemos) e Regina Maura (PSDB). O parlamentar obteve 27,7% das indicações, enquanto Palacio teve 23,1% e Regina – secretária de Saúde da gestão Auricchio – 20,2%. 

ÚLTIMAS ELEIÇÕES

Nas eleições municipais de 2020, cinco ex-prefeitos concorreram e apenas José de Filippi Júnior (PT), de Diadema, saiu vitorioso. Nas demais cidades, a força de mandatos anteriores não prevaleceu. Em Santo André, o ex-prefeito João Avamileno ficou apenas na sétima colocação. Em São Bernardo, Luiz Marinho (PT) ficou em segundo, mas distante do reeleito Orlando Morando (PSDB). Prefeito de Mauá de 2013 a 2016, Donisete Braga (PDT) ficou longe de se eleger em 2020. Ele foi apenas o sexto mais votado no município, com 2,68% dos votos. O mesmo aconteceu com Ramon Velásquez (PT) em Rio Grande da Serra. O petista comandou o Paço de 1999 a 2004, mas foi quarto colocado na corrida eleitoral de 2020, com 2% dos votos. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;