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Câmara quer convocar Geraldo Reple devido a caos na saúde de São Bernardo

Parlamentar quer explicações do secretário de Saúde de S.Bernardo sobre problemas que se acumulam na rede pública

Wilson Moço
do Diário do Grande ABC
06/06/2023 | 08:11
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Divulgação


Os problemas que se acumulam na rede municipal de saúde de São Bernardo levaram a vereadora Ana Nice (PT) a protocolar na Câmara, no fim da tarde de sexta-feira, requerimento pedindo que o secretário da Pasta, Geraldo Reple Sobrinho, seja convocado para prestar esclarecimentos sobre o que chamou de “caos e precarização” do setor. A parlamentar decidiu apresentar o documento no mesmo dia em que o Diário noticiou sobre o fechamento da UBS (Unidade Básica de Saúde) Parque São Bernardo e um dia depois de o jornal mostrar que três alas do HC (Hospital de Clínicas) tinham sido desativadas para reformas, o que resultou no fechamento de 110 dos 257 leitos, sendo 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Devido à urgência “que a questão exige”, a parlamentar espera que o requerimento seja votado na sessão de amanhã, a partir das 9h, e aprovado pela maioria dos vereadores, inclusive os da bancada de apoio à gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB), que rotineiramente votam contra matérias apresentadas por integrantes da bancada de oposição. “Espero que meus colegas de Parlamento entendam que essa não é uma questão política, mas de interesse da população que depende da rede pública.” Caso a iniciativa da petista tenha o aval da Casa, Geraldo Reple terá prazo de 10 dias para prestar esclarecimentos.

“A situação da saúde em São Bernardo está um caos. Todo dia chegam reclamações no gabinete e vemos notícias na imprensa. Não dá mais para esperar boa vontade do governo em dar satisfações a nós (vereadores) e à população. Então, resolvi pedir a convocação do Geraldo Reple para que dê explicações na Câmara. Precisamos saber o que de fato está acontecendo e o que se está fazendo para resolver”, comentou Ana Nice.


FISCALIZAÇÃO

A vereadora esteve ontem no Hospital de Clínicas para verificar qual a real situação do equipamento, que tem alas fechadas no terceiro, sexto e oitavo andares para reformas, medida que também desativou 110 leitos da unidade, sendo 20 de UTI. Entre os problemas estruturais, vazamentos, infiltrações e no piso, o que pode provocar quedas e dificultar a passagem de macas com pacientes.

Pelo que observou no terceiro e sexto andares, acompanhada por integrantes da administração do hospital, Ana Nice avaliou que a reforma era necessária para garantir melhores condições a profissionais e pacientes, mas entende que as alas poderiam ser fechadas uma de cada vez, de modo a não prejudicar demais o atendimento. Ou seja, assim que os serviços fossem concluídos em uma, outra poderia ser fechada. 

A parlamentar também demonstrou preocupação com relação à falta de prazo para conclusão dos serviços, na medida em que a reforma mais complexa envolve o piso, que exige a troca do revestimento e também do contrapiso. “No caso do piso, ainda estão fazendo estudos técnicos para depois abrir a concorrência e escolher a empresa que vai fazer a obra. Essa falta de prazo é bem preocupante. Uma pessoa disse que o serviço levará de 30 a 45 dias, mas só depois que definir o vencedor da concorrência e iniciar os trabalhos.”




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