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Casas Bahia, Azulão, Pan...
Da Redação
14/02/2023 | 06:00
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O que está acontecendo em São Caetano? A pergunta é oportuna diante de tantas marcas tradicionais que estão, por uma razão ou outra, desaparecendo do cotidiano da cidade. Ontem, a informação de que a indústria de chocolates Pan recorreu à Justiça com processo de autofalência devido à dívida milionária movimentou o noticiário econômico. É o segundo baque na estrutura financeira do município, ainda abalada pela recente decisão da Casas Bahia de levar a sede administrativa para a Capital, em agosto de 2021. Sem respostas para dar à sociedade, e agindo na contramão do que pregam os manuais de gestão, o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) fecha-se em copas, como se não tivesse responsabilidade pelo que está ocorrendo.

Falta um diagnóstico sobre o que São Caetano tem feito – ou deixado de fazer – para perder algumas de suas empresas referências. É necessário entender por que a Casas Bahia, fundada no município havia 64 anos, decidiu mudar sua sede administrativa para a Capital. Ou a razão de a Pan não ter conseguido se sustentar, a ponto de propor à Justiça, ela própria, o fim de suas atividades. E a situação se estende a outras áreas, como a esportiva. Basta citar o Azulão, que de vice-campeão da Libertadores da América, em 2002, atualmente tem dificuldades para encontrar quem arremate a marca – por falta de interesse, duas tentativas de leilão restaram desertas. É a prova de que o ambiente são-caetanense de está hostil a investidores. Por quê?

E enquanto recomenda-se o fortalecimento das relações multilaterais para se discutir políticas econômicas, José Auricchio Júnior faz o contrário. Uma das medidas mais recentes – e polêmicas – do chefe do Executivo foi exatamente a desfiliação da cidade da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, organismo que se propõe, entre outras atividades, a debater caminhos para melhorar as condições econômicas capazes de reter empresas. Uma das explicações para a perda de marcas importantes na história de São Caetano, seja por decisão corporativa ou por falência, talvez tenha sido dada pelo vereador Edison Parra (Podemos), cuja entrevista está publicada neste portal: o prefeito deixou de ouvir as pessoas. 




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