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Região mira roteiros de turismo industrial e ligados à natureza

Cidades apostam em novos atrativos e na revitalização de espaços para conquistar moradores e também visitantes de outras regiões

Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
08/05/2022 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O Grande ABC é nacionalmente reconhecido pela vocação industrial. Áreas verdes preservadas, Represa Billings e espaços históricos também são marcantes na construção da identidade regional. Hoje é Dia Nacional do Turismo, data criada por lei em 2012 para chamar a atenção da população para potenciais destinos naturais e culturais em todo o País. Mas, afinal, qual é a cara do turismo na região?

O assunto é tema de debate e ações das prefeituras, por meio do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. O GT (Grupo de Trabalho) Turismo, que reúne representantes das sete cidades, trabalha desde 2017 no diagnóstico e mapeamento do setor. Neste ano, a entidade iniciou planejamento estratégico e atividades para a identificação de novos potenciais.

“No momento estamos fazendo visitas monitoradas em pontos nos municípios, com foco em rotas da natureza e da indústria, que são as vocações que o GT Turismo elegeu como prioridades. O objetivo é traçar, pelo menos, dois roteiros regionais para apresentar ao setor privado como potencial produto para comercialização”, explicou a coordenadora de programas e projetos do Consórcio, Lívia Rosseto.

Regionalmente, o turismo volta com mais força à mesa de discussões no cenário de pós-pandemia. “Esse foi um dos setores mais impactados pela Covid-19. O Consórcio trabalha dentro de expectativa de alta, com a retomada das atividades, especialmente o turismo de um dia ou de fim de semana”, avaliou o coordenador do GT, Márcio Marques.

Os municípios apostam em vocações individuais para ampliar a oferta cultural e de lazer para os moradores, além de mirar em novos atrativos para os turistas. Paranapiacaba, um dos destinos turísticos mais icônicos da região, registrou entre janeiro e abril deste ano 75 mil visitas. Em 2019, ano anterior ao início da pandemia, 250 mil pessoas passaram pela história vila inglesa. Santo André trabalha em ações de formação para pequenos e microempreendedores locais e na consolidação de novos roteiros, como trilhas no Parque Estadual da Serra do Mar – Parque Nascentes de Paranapiacaba.

Ribeirão Pires, única estância turística do Grande ABC, investe na revitalização dos espaços turísticos e em inovação nas rotas de visitação. Dentro do roteiro religioso, por exemplo, a cidade inaugurou novo atrativo, memorial à primeira Capela de Santo Antônio. O espaço que hoje abriga o memorial, na Rua Felipe Sabbag, região central, era ocupado até 1975 por morro, onde foi construída a primeira capela, em 1919. Com traços modernos, o projeto valoriza a história e as tradições da cidade.

Assim como Santo André, a Prefeitura de Diadema trabalha em projetos de fomento ao turismo industrial, com destaque ao setor de cosméticos, que terá, segundo o Executivo, políticas específicas de reativação. A cidade conta, ainda, com atrativos como Parque Ecológico e Borboletário.

Integram o roteiro regional da natureza e da indústria pontos como o Parque Municipal Gruta Santa Luzia, em Mauá, a tricentenária Capela do Pilar, em Ribeirão Pires, o Parque Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano, e o Portal das Águas e trilhas em mata fechada de Rio Grande da Serra, para os apreciadores da prática de esporte de aventura.

"O turismo do Grande ABC é viável. Há um potencial gigantesco aguardando os devidos investimentos públicos e privados para que a região seja reconhecida também pela sua identidade de congregar a indústria, o urbano e a natureza, tudo isso muito próximo do maior polo emissor de turistas do País”, observou Marques.

São Bernardo já é classificado como MIT (Município de Interesse Turístico). Com o apoio do Consórcio, outras cidades, como Rio Grande da Serra, estão estruturando plano para pleitear o título. Santo André está em fase avançada de avaliação. A classificação MIT possibilita ao município receber aporte estadual de até R$ 700 mil anuais, mediante apresentação de projetos.

Ribeirão tem teto maior de repasses estaduais por ser estância turística. Nesse ano, o Conselho Municipal de Turismo aprovou projeto de R$ 4,5 milhões para a revitalização do Mirante Santo Antônio.  




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