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Idosa é transferida após matéria do Diário, mas aguarda por cirurgia

Eluiza da Silva foi removida para HC da cidade, onde segue internada

Beatriz Mirelle
15/05/2024 | 08:15
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FOTO: Divulgação


A aposentada Eluiza Raimunda da Silva, 77 anos, conseguiu transferência para o HC (Hospital das Clínicas) de São Bernardo na quinta-feira (9), mesmo dia em que o Diário relatou que a espera da idosa por uma vaga na unidade passava de duas semanas. Mesmo com a mudança, ela continua à espera da cirurgia no fêmur, que está quebrado desde 25 de abril. Segundo relatos, os médicos do HC marcaram o procedimento para ontem. Eluiza, então, realizou todo o preparo exigido e, após ficar mais de 15 horas em jejum, teria tido a cirurgia desmarcada sob a justificativa de que não havia vagas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital.

O Diário perguntou pela primeira vez para a Prefeitura de São Bernardo sobre o caso de Eluiza da Silva na quarta-feira (8). Ela conseguiu a transferência na quinta-feira (9). Dias depois, ainda sem previsão de quando seria feita a cirurgia, o Diário indagou novamente a Prefeitura na manhã do domingo (12). Logo em seguida, o procedimento foi marcado. Ontem, o Paço foi questionado pela terceira vez e decidiu, novamente, se manter em silêncio a respeito da situação da idosa, que está há 20 dias com o fêmur quebrado. 

“No mesmo dia que a matéria foi publicada, ocorreu a transferência para o HC. No domingo, falaram que a cirurgia seria hoje (ontem), às 7h. Ela ficou em jejum desde às 23h da segunda-feira. Quando trocaram o plantão nessa terça, às 13h30, falei com a enfermeira para entender o motivo de tanta demora. Ela tem diabete e ficou muito tempo sem comer. Depois de uma hora, me disseram que não tinha sala de UTI para ela ficar porque entraram três casos de urgência”, relata Silvana Rosa, 43, nora de Eluiza. 

Quando a família soube que a cirurgia tinha sido cancelada, o horário de almoço no HC já tinha passado. “Falaram que não tinha mais comida e dariam chá para ela. Falei que compraria alguma coisa para ela comer na lanchonete e eles disseram que não poderia”, comenta a nora. 

Por volta das 17h de ontem, os familiares foram informados de que o chefe da equipe médica do HC informaria a nova data da operação apenas hoje. “Depois que ela foi internada, na quinta-feira, achamos que ela passaria o Dia das Mães em casa. Isso não aconteceu. São 77 anos. Ela não deveria passar por isso, ainda mais tendo diabete. Já são 20 dias que ela passou pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento), foi ao Hospital de Urgência e agora para o HC. Não me conformo com tanta demora. É um absurdo”, lamenta Silvana.




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