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Pacientes esperam por vaga no corredor de hospital em Diadema

Munícipe ainda reclama de sujeira e de paredes emboloradas; Paço diz que vai ampliar unidade

Renan Soares
Especial para o Diário
26/04/2022 | 00:22
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Celso Luiz/DGABC


Moradores de Diadema denunciam a precariedade no atendimento no HMD (Hospital Municipal de Diadema), no bairro Piraporinha. Entre as principais queixas está o fato de alguns pacientes ficarem internados em macas nos corredores do centro médico ao lado de paredes emboloradas. Relatos também dão conta da falta de limpeza e até de manchas de sangue nos bebedouros.

Cosmo Maciel, 53 anos, morador do bairro Campanário é um dos munícipes incomodados com a situação. Recentemente ele teve de ir duas vezes ao HMD para colocar gesso no braço e depois para retirar. Segundo o morador, a unidade de saúde está em péssimas condições, com a presença de mofos e fungos nas paredes. Além disso, ao ir beber água no bebedouro ele encontrou sangue seco no local de uso coletivo.

“Fui colocar o gesso, quando cheguei lá as condições não eram boas, estava sujo. O médico me deu um tempo, fiquei em casa com o gesso, quando voltei depois de uns dias as condições continuaram do mesmo jeito. A sujeira do mesmo jeito, o bebedor do mesmo jeito e as paredes emboloradas. É lamentável, sem condição nenhuma de frequentar aquele hospital”, relata o morador.

De acordo com a denúncia, o sangue seco no bebedouro é bem próximo do local onde se coloca a boca para o uso do mesmo, o que torna o simples ato de beber a água em um possível transmissor de doenças, já que não se sabe a origem do sangue. O risco é ainda maior por se tratar de lugar com alta movimentação de pessoas, muitas que não possuem boas condições de saúde e fazem o uso do equipamento. Cosmo conta que preferiu ir até o lado de fora da unidade e comprar a água para tomar, mas ressalta que é uma condição que nem todos os frequentadores da unidade de saúde têm.

Por meio de registros fotográficos, é possível ver que as cadeiras do HMD não estão em boas condições e paredes estão emboloradas bem ao lado de pacientes que estão acamados nos corredores a espera de vagas nos quartos. “É lamentável. A questão da limpeza é péssima, sangue no chão do banheiro, paredes com mofo, enfim, a manutenção é zero”, lamenta Cosmo.

A Prefeitura de Diadema assumiu que pacientes esperam nos corredores até que sejam liberadas vagas nos quartos, disse que está trabalhando na ampliação do equipamento e que a limpeza do centro médico é realizada com frequência.

“Está incluída no cronograma de melhorias da área da saúde a construção do novo prédio para o Hospital Municipal de Diadema. O projeto está em estudo e a previsão de finalização das obras é para até o fim de 2024. Sobre os bebedouros, a foto reflete fato isolado e a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que os mesmos são limpos constantemente por uma empresa de limpeza que funciona na unidade de forma ininterrupta, 24 horas por dia. Por fim, esclarecemos que, em momentos de maior demanda, alguns pacientes ficam temporariamente alocados em macas aguardando liberação da transferência para o setor de observação. Vale lembrar que o HMD é um hospital de porta aberta, ou seja, o atendimento é feito a qualquer pessoa que chega ao serviço e essa medida permite que essas pessoas não deixem de ser assistidas ou tenham o atendimento negado”, informou o Paço, por meio de nota.  




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