O porteiro Bruno Germano Godoy, 18 anos, foi esfaqueado no Jardim Casa Grande, em Diadema. O acusado de cometer o crime foi o próprio pai do adolescente, o operador de máquinas Jânio Pereira Cabral, 50, que teria tentado agredir o professor de Educação Física, Luis Cláudio Gomes, 23. atual namorado de sua ex-esposa.

O operador de máquinas estaria tendo dificuldades para aceitar o fim do relacionamento com a dona-de-casa Eliane Germano Cabral, 38, há cerca de três meses. "A violência dele foi uma das razões de eu ter me separado", conta Eliane.

Por volta das 22h15 de anteontem, Cabral foi até a casa onde Godoy mora com a mãe. "Ele chegou no portão e começou a chamar eu e minha mãe. Eu e o Luis descemos e, quando meu padrasto pediu para ele deixar a gente em paz, ele pegou uma faca e foi pra cima dele", relata o porteiro. Godoy avançou contra o pai na tentativa de domina-lo, mas acabou sendo esfaqueado na perna direita.

Depois do incidente, Cabral fugiu para o telhado da casa. "Disseram que ele estava trancado em um sobrado da família. Procuramos, mas a vizinha falou que ele tinha conseguido passar por cima de sua casa e fugir pegando um ônibus na rua de trás", revela o soldado Fernandes da PM.

Godoy foi levado ao Hospital Municipal de Diadema, com um ferimento superficial. "O médico disse que passou bem perto da veia femural e que foi uma sorte não ter pego", diz o porteiro.

O caso foi encaminhado ao 3º Distrito Policial onde o delegado de plantão, Douglas Borguez, considerou a agressão como tentativa de homícidio. "Quem quer causar apenas uma lesão agride com chute, soco, e não com uma faca. Quem usa a faca assume o risco de matar", explica o delegado.