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Casamentos civis têm queda de 7,49% no Grande ABC

Levantamento da Fundação Seade aponta que, entre 2015 e 2016, houve 1.530 menos registros; exceção fica por conta de Rio Grande da Serra

Natália Fernandjes
13/04/2018 | 07:00
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 Depois de série histórica crescente ao longo dos últimos 20 anos, o número de casamentos entre as sete cidades teve queda em 2016. No período de 1996 a 2015, a quantidade de uniões legais no Grande ABC subiu 58,47%. Já na comparação entre 2015 e 2016, foram 1.530 menos registros – passaram de 20.436 para 18.906, variação negativa de 7,49%. O cenário, que segue tendência estadual, é motivado principalmente pela escassez de empregos e crise econômica. 

Os números são destacados no boletim demográfico da Fundação Seade, divulgado ontem e que tem como base as informações dos cartórios de registro civil. A exceção regional ficou por conta de Rio Grande da Serra, onde houve alta de 4,68% nos registros de casamentos entre 2015 e 2016 – passaram de 363 para 380. Todos os demais municípios registraram queda nos índices (veja arte acima). Em todo o Estado, houve queda de 3% entre 2015 e 2016 nos registros legais – baixaram de 305.391 para 296.546.

DETALHAMENTO

Do total de casamentos civis de 2016, 2.094 eram de pessoas do mesmo sexo. Esse tipo de união adquiriu status jurídico semelhante ao da união entre homem e mulher em 2011, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e, em 2013, por regulamentação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), quando ficou estabelecido que todos os cartórios do País passariam a fazer o registro das uniões homoafetivas regularmente. Os dados detalhados não têm recorte municipal.

A idade média ao casar tem aumentado e, em 2016, alcançou a marca de 33,9 anos para o sexo masculino, e 31,3 anos para o feminino. Tal comportamento pode decorrer do maior tempo dedicado aos estudos, a busca pela inserção no mercado de trabalho e a estabilidade financeira, conforme a Fundação Seade.

Em 2016, mais da metade dos casamentos (55%) foram realizados nos meses do último semestre do ano, sendo dezembro (11,6%) o mais procurado, seguido por novembro (10,3%) e outubro (9,8%). Os meses mais evitados foram janeiro (7,3%), fevereiro (6,25), março e agosto (ambos com 7%). Quanto ao dia da semana, sábado foi indubitavelmente o preferido, com praticamente metade das uniões realizadas. Domingo foi o dia de menor incidência, não alcançando 1% das uniões.




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